Nesta quinta-feira (10), é comemorado o Dia Mundial da Pizza, data que reconhece a importância cultural e gastronômica de um dos pratos mais consumidos no mundo. Apesar de frequentemente associada à Itália, a história da pizza é marcada por influências diversas e adaptações regionais.
Origens controversas
A pizza, em sua forma primitiva, remonta a civilizações antigas. Egípcios, gregos e romanos já consumiam massas assadas com ingredientes sobrepostos. Porém, a versão mais próxima da atual teria surgido em Nápoles, no século XVIII, onde pães achatados eram cobertos com tomate, azeite e queijo. A Margherita, criada em 1889 em homenagem à rainha italiana, consolidou a combinação de tomate, mussarela e manjericão como ícone da culinária local.
Adaptações ao longo do tempo
Com a migração de italianos no século XIX, a pizza se difundiu por outros países, sofrendo modificações. Nos Estados Unidos, ganhou massa mais grossa e bordas recheadas, enquanto no Brasil, ingredientes como catupiry e frango desfiado foram incorporados. Hoje, variações como a pizza doce e opções veganas demonstram a versatilidade do prato.
Chegada ao Brasil
A pizza foi introduzida no Brasil por imigrantes italianos no final do século XIX, inicialmente em São Paulo. O bairro do Brás foi um dos primeiros a abrigar pizzarias, que atendiam a comunidade italiana. A popularização ocorreu nas décadas de 1950 e 1960, quando o rodízio se tornou comum e o prato se adaptou ao paladar brasileiro, resultando em sabores exclusivos, como portuguesa e calabresa com cebola.
Atualmente, o Brasil é um dos maiores consumidores de pizza do mundo, com cerca de 1 milhão de unidades produzidas diariamente, segundo associações do setor. A data reforça não apenas a tradição italiana, mas também as releituras que transformaram a pizza em um fenômeno multicultural.
