A Netflix Brasil deu início às gravações de “Emergência Radioativa”, sua nova minissérie dramática inspirada em um dos maiores acidentes radiológicos do mundo: o caso do Césio-137, ocorrido em Goiânia, em 1987.
A produção é protagonizada por Johnny Massaro e contará com um elenco de peso, incluindo Paulo Gorgulho, Bukassa Kabengele, Alan Rocha, Antonio Saboia, Luiz Bertazzo e Tuca Andrada.
Ambientada na capital goiana, a trama da série se baseia em eventos reais que chocaram o país e tiveram repercussão internacional. O enredo acompanha os desdobramentos do desastre, que começou com o abandono de um aparelho de radioterapia em uma clínica desativada.
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A descoberta do aparelho e o contato culminou na contaminação de centenas de pessoas, após a cápsula com o pó radioativo de Césio-137 ser manipulada por moradores locais sem conhecimento do risco envolvido. O instrumento foi encontrado por catadores de um ferro-velho do local, que acharam que o aparelho era sucata.
A exposição a grandes quantidades de césio-137 pode causar a síndrome de radiação aguda, com sintomas como náuseas, vômitos, diarreia e sangramento. Em casos graves, pode causar coma e até a morte. A exposição a longo prazo aumenta o risco de desenvolvimento de câncer.
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Ainda sem data de estreia confirmada, “Emergência Radioativa” se junta a uma crescente onda de produções nacionais com foco em histórias reais e de forte impacto social. A minissérie promete explorar não apenas os impactos da radiação nas vítimas e nas estruturas públicas de saúde, mas também o clima de medo, desinformação e tensão que tomou conta da cidade e das autoridades durante a emergência.
Relembre o caso
cidentes radiológicos são eventos em que substâncias radioativas são liberadas de forma descontrolada, oferecendo sérios riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Um dos mais graves já registrados no mundo ocorreu no Brasil, em 1987, na cidade de Goiânia (GO).
Na ocasião, um aparelho de radioterapia abandonado em uma clínica foi encontrado por catadores de lixo e desmontado. Dentro dele havia uma cápsula contendo Césio-137, um material altamente radioativo. Sem saber do perigo, os envolvidos manusearam e até distribuíram o pó brilhante do césio, encantados com seu brilho azulado. Isso causou contaminação em centenas de pessoas e mortes por exposição à radiação.
O acidente resultou em 4 mortes confirmadas, dezenas de pessoas contaminadas e a necessidade de descontaminação de casas, roupas, objetos e até demolição de construções. É considerado o maior acidente radiológico do mundo ocorrido fora de usinas nucleares.
