
O curta-metragem documental “Yuri“, idealizado e roteirizado por estudantes de Caracaraí (RR), ganhou destaque ao ser selecionado para a 21° Mostra Internacional do Cinema Negro de São Paulo (MICINE/SP). O filme celebra a superação de dramas juvenis e será exibido juntamente com outros filmes nacionais e internacionais na mostra, entre os dias 3 de novembro à 22 de dezembro.
O curta “Yuri” nasceu de oficinas de cinema realizadas em Caracaraí, como parte das atividades da Mostra de Cinema “A Moda é Viver“, que aconteceu em abril. A equipe de produção é composta por estudantes do município.

O filme conta a história de luta de uma adolescente, Luciana Paiva, que supera o preconceito e desafios como a separação dos pais, o falecimento do pai em um acidente, a gravidez e o nascimento de seu filho (Yuri), para finalizar seus estudos.
Direção e reconhecimento
Dirigido pelos cineastas Leandro Monte e Éder Santos, o curta representa um ponto de virada para a produção cultural de Roraima. Alda Araújo, presidente do Instituto A Moda é Viver, expressa a satisfação com a conquista:
“Estamos felizes e honrados com a seleção. Participar de uma mostra internacional que valoriza experiências da Amazônia é um reconhecimento importante para quem vive no interior do estado de Roraima e acredita na cultura como instrumento de superação e oportunidade para os jovens”, afirma.
O diretor Éder Santos ressalta que a comunidade de Caracaraí é a verdadeira protagonista do processo. “A partir das atividades da Mostra local, despertamos o interesse dos alunos para fazer audiovisual, envolvendo uma rede de amigos, familiares, professores e gestores. O cinema negro é o cinema das maiorias minorizadas e Roraima estará bem representado,” comemora.
Exibição na MICINE/SP
A 21° edição da MICINE/SP exibirá os filmes em diversas localidades da capital paulista, como o Teatro do SESI-SP, Centro Cultural FIESP, Museu da Imagem e do Som (MIS/SP), Cine REAG Belas Artes e a Faculdade Sesi de Educação.
A realização é da Fiesp/SP, e a curadoria está sob a responsabilidade do professor, livre docente da USP e antropólogo, Dr. Celso Luiz Prudente.