A PELE DO OURO

Filme roraimense com narrativa sobre mulheres no garimpo estreia em festival nacional

Curta-metragem “A pele do ouro” será exibido no 58º Festival de Cinema de Brasília, considerado o mais tradicional do país

documentário de 15 minutos apresenta a história de Patri, a partir de diários escritos no garimpo, que revelam a vida e a resistência das mulheres nesse ambiente. (Foto: Divulgação/Daniel Tancredi)
documentário de 15 minutos apresenta a história de Patri, a partir de diários escritos no garimpo, que revelam a vida e a resistência das mulheres nesse ambiente. (Foto: Divulgação/Daniel Tancredi)

O curta-metragem “A pele do ouro” terá sua estreia nacional nesta quarta-feira (17), na Mostra Competitiva de Curtas do 58º Festival de Cinema de Brasília, considerado o mais tradicional do país. Dirigido por Marcela Ulhoa e Yare Perdomo, o documentário de 15 minutos apresenta a história de Patri, a partir de diários escritos no garimpo, que revelam a vida e a resistência das mulheres nesse ambiente.

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A produção da Platô Filmes, de Boa Vista, busca dar visibilidade a experiências muitas vezes invisibilizadas. A narrativa utiliza metáforas visuais para preservar a identidade da protagonista, sem abrir mão da força dos relatos.

(Foto: Divulgação – Daniel Tancredi)

Segundo Marcela Ulhoa, o filme nasceu de sua pesquisa de mestrado na UFRR e do vínculo criado com Patri desde 2017. “Ela escancara nossas feridas enquanto sociedade de maneira sensível e certeira”, destacou. Já Yare Perdomo ressaltou que a obra é um retrato coletivo. “No garimpo, as mulheres vivem histórias pouco conhecidas, mas extremamente significativas”.

Para Patri, a estreia é a realização de um sonho. Ela afirma que revisitar as memórias foi difícil, especialmente ao relembrar uma amiga assassinada no garimpo. “Espero que o filme seja mais que um projeto de cinema e se torne um chamado à sociedade”, disse.

O produtor Thiago Briglia destacou a importância da presença de Roraima no festival. “Estamos felizes em retornar a Brasília com uma obra que promove reflexões sobre garimpo, impacto ambiental, fluxo migratório e questões de gênero em regiões de fronteira”.

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A Platô Filmes já foi premiada no mesmo festival em 2020, com o documentário “Por onde anda Makunaíma?”.

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