O reconhecimento nacional de Lázaro Ramos começou no cinema, com o icônico filme “Madame Satã” (2002) (Foto Divulgação)
O reconhecimento nacional de Lázaro Ramos começou no cinema, com o icônico filme “Madame Satã” (2002) (Foto Divulgação)

Luís Lázaro Sacramento Ramos, conhecido artisticamente como Lázaro Ramos, nasceu em 1º de novembro de 1978, em Salvador (BA).

Criado no bairro do Cabula, Lázaro começou cedo sua trajetória artística no teatro, participando do grupo Bando de Teatro Olodum, uma das principais companhias negras do país, que revelou também nomes como Érico Brás e Taís Araújo.


Foi no palco que ele lapidou seu talento, destacando-se pela versatilidade e carisma. Sua projeção nacional veio com o cinema e, pouco depois, com a televisão, tornando-se um dos atores mais respeitados e admirados do Brasil.

Trajetória nas novelas


Lázaro estreou na TV Globo em 2002, na minissérie “Pastores da Noite”, baseada na obra de Jorge Amado. Logo depois, conquistou o público em “Cobras & Lagartos” (2006), no papel de Foguinho, um personagem carismático e divertido que se tornou um marco em sua carreira.

Do teatro em Salvador às grandes produções do cinema e da TV, Lázaro Ramos encanta o público com talento, consciência e paixão pela arte (Foto Divulgação)


Outros papéis de destaque na televisão incluem:


“Duas Caras” (2007) – como o idealista Evilásio Caó, que lutava contra o preconceito e a desigualdade social.

“Insensato Coração” (2011) – como o advogado André Gurgel, que explorava temas como masculinidade e liberdade afetiva.

“Lado a Lado” (2012) – interpretando Zé Maria, um operário em uma trama histórica que abordava racismo e o início da República.

Nos últimos anos, Lázaro também tem se destacado como apresentador, dirigindo e comandando o programa “Espelho” (Canal Brasil), que discute arte, política, diversidade e cultura negra com convidados de diferentes áreas.

O sucesso no cinema


O reconhecimento nacional de Lázaro Ramos começou no cinema, com o icônico filme “Madame Satã” (2002), dirigido por Karim Aïnouz. Sua interpretação do performer e malandro carioca João Francisco dos Santos rendeu aplausos da crítica e projeção internacional.


Desde então, ele construiu uma filmografia rica e diversa, transitando entre drama, comédia e produções voltadas ao público infantojuvenil.

Ator, diretor e escritor, Lázaro Ramos construiu uma carreira marcada pela versatilidade, representatividade e compromisso com a cultura brasileira (Foto Divulgação)


Principais filmes de Lázaro Ramos:


Madame Satã (2002) – papel que lhe deu projeção mundial.

Carandiru (2003) – adaptação do livro de Drauzio Varella.

O Homem que Copiava (2003) – sucesso de bilheteria e crítica, dirigido por Jorge Furtado.

Meu Tio Matou um Cara (2004) – mistura de comédia e mistério.

Ó Paí, Ó (2007 e 2023)* – retrato divertido e crítico da vida no Pelourinho, em Salvador.

O Grande Circo Místico (2018) – dirigido por Cacá Diegues.

Medida Provisória (2022) – sua estreia como diretor de cinema, estrelado por Alfred Enoch, Taís Araújo e Seu Jorge. O filme aborda um futuro distópico em que negros são forçados a “retornar” para a África — uma poderosa crítica social.

Vida pessoal


Lázaro é casado desde 2011 com a atriz Taís Araújo, com quem forma um dos casais mais admirados da TV brasileira. Juntos, são pais de João Vicente e Maria Antônia. Além da vida artística, os dois são engajados em causas sociais e raciais, promovendo debates sobre igualdade e representatividade negra na mídia.
Em entrevistas, Lázaro costuma destacar a importância da educação e da cultura como instrumentos de transformação social. Ele também é escritor e já publicou livros infantis e de ensaio, como “Na Minha Pele” (2017), em que reflete sobre identidade, racismo e empatia.

Curiosidades e variedades


Lázaro já foi apresentador do “Mister Brau” (2015–2018), série que estrelou ao lado de Taís Araújo, misturando humor e música.

Foi homenageado com diversas premiações, incluindo o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e o Troféu Imprensa.

É um dos poucos artistas brasileiros que atuam, escrevem, dirigem e produzem.

Em 2025, Lázaro segue ativo com novos projetos para cinema e streaming, além de continuar na militância por mais diversidade nas telas e nos bastidores.