A proposta da exposição é mostrar histórias, esforços e luta pela sobrevivência de quem largou tudo no seu país de origem para fugir da guerra civil e da fome. (Foto: Willame Sousa)
A proposta da exposição é mostrar histórias, esforços e luta pela sobrevivência de quem largou tudo no seu país de origem para fugir da guerra civil e da fome. (Foto: Willame Sousa)

A exposição fotográfica “Olhares Sem Fronteiras – Um retrato vivo da crise humanitária em Roraima” será aberta ao público neste sábado (20), a partir das 19h30, no Roraima Garden Shopping, em Boa Vista. A mostra segue em cartaz até o dia 19 de janeiro de 2026, durante o horário de funcionamento do centro comercial.

A iniciativa marca uma década do início do fluxo migratório venezuelano para o Brasil. Desde 2015, mais de meio milhão de imigrantes deixaram a Venezuela em direção ao país, segundo dados da ONU Brasil. Em Roraima, a maior parte desse movimento ocorreu por Pacaraima, município localizado na fronteira entre os dois países.

As imagens que compõem a exposição são do fotógrafo roraimense Willame Sousa, que acompanha de perto a realidade da imigração no estado. Para ele, o ensaio propõe uma reflexão sobre como a sociedade passou a conviver com esse fenômeno ao longo dos últimos anos.

“É uma década que a gente se habituou a ouvir o ‘portunhol’, infelizmente a ver pessoas em situação de extrema pobreza nos sinais, pedindo, vendendo coisas, mas que também a gente se habituou a ver como essas pessoas conseguem ainda preservar um pouco da humanidade. São seres humanos que foram obrigados, por conta da crise, a migrar, a enfrentar uma outra cultura, um outro idioma”, afirmou o fotógrafo.

Segundo Willame, o título da mostra sintetiza a mensagem central do trabalho.

“O ‘Olhares Sem Fronteiras’ trata disso, de olhar o outro independentemente da nacionalidade, assim como irmãos aos olhos de Deus, porque todos nós somos irmãos”, destacou.

Com curadoria de Wellmar Roth, a exposição reúne 20 fotografias registradas nos últimos dois anos. As imagens retratam o cotidiano dos imigrantes no Brasil, evidenciando aspectos como comportamento, cultura, trabalho informal e os desafios enfrentados por jovens e idosos diante do preconceito e da exclusão social.

“O nome pretende justamente fazer com que a gente olhe o outro independentemente da nacionalidade. Olhe o outro como um ser humano que foi obrigado a deixar o país onde nasceu”, reforçou Willame Sousa.

A mostra conta com apoio do Roraima Garden Shopping e foi viabilizada com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio de edital executado pelo Governo de Roraima. Para a analista de Marketing do shopping, Yara Abreu, a exposição dialoga com um momento simbólico.

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“Nesta semana em que se comemora o Dia Internacional do Migrante, o Roraima Garden Shopping uniu amor, solidariedade e força ao receber a exposição. Então, vale a pena contemplar este trabalho muito bonito e sensível”, comentou.

A visitação é gratuita e aberta ao público.