NA TABALASCADA

Festival do Beijú é oficialmente reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Roraima

O evento promove a valorização das danças, músicas e artesanato indígena, além de aproximar os moradores locais e visitantes das tradições da região.

Damorida e beijú, dois pratos típicos e tradicional da cultura indígena de Roraima. (Foto: Eduardo Andrade).
Damorida e beijú, dois pratos típicos e tradicional da cultura indígena de Roraima. (Foto: Eduardo Andrade).

O Festival do Beijú, tradicional celebração que ocorre anualmente na comunidade indígena Tabalascada, no município do Cantá, região da Serra da Lua, foi reconhecido nesta quinta-feira, 21, como Patrimônio Cultural de Roraima com a aprovação do Projeto de Lei (PL) nº18/2025. Medida fortalece e preserva a identidade e tradições da cultural indígena local, além de atrair mais visitantes para a festividade.

Aprovação do Projeto de Lei nº18/2025 ocorreu em sessão ordinária da ALERR. (Foto: Marley Lima).

Celebrando a riqueza da mandioca, raiz tradicional na mesa dos roraimenses, o festival destaca o beijú, que tem como base a mandioca e, que também é símbolo da culinária dos povos indígenas Macuxi e Wapichana. Eles transformam essa raiz em beiju (tapioca), alimento que já é passado de geração para geração não só entre eles, mas para toda a população local.

O evento promove a valorização das danças, músicas e artesanato indígena, além de aproximar os moradores locais e visitantes das tradições da região. A proposta do projeto é de autoria do deputado Soldado Sampaio (Republicanos.)

Presidente da ALERR e autor da proposta do projeto, Soldado Sampaio. (Foto: Marley Lima).

Com essa medida legal, o Festival do Beijú é reconhecido e protegido por lei. Além de promover mais visibilidade às tradições indígenas, ela incentiva a criação de políticas públicas voltadas à preservação da cultura alimentar regional.

Parlamento Jovem 2024

O projeto para reconhecer o Festival do Beijú como patrimônio cultural de Roraima iniciou durante o programa da Assembleia Legislativa “Parlamento Jovem 2024”, que incentiva a participação de estudantes na política.  A responsável pela a apresentação do projeto foi a deputada jovem, Janete Pereira Adão, moradora da comunidade Tabalascada, e que serviu de inspiração para o PL após ser aprovado pelos os parlamentares.

Porque Imaterial?

De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Patrimônio Cultural Imaterial envolve práticas e saberes reconhecidos pelas comunidades como parte de sua herança cultural.

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