O Festival do Beijú, tradicional celebração que ocorre anualmente na comunidade indígena Tabalascada, no município do Cantá, região da Serra da Lua, foi reconhecido nesta quinta-feira, 21, como Patrimônio Cultural de Roraima com a aprovação do Projeto de Lei (PL) nº18/2025. Medida fortalece e preserva a identidade e tradições da cultural indígena local, além de atrair mais visitantes para a festividade.
Celebrando a riqueza da mandioca, raiz tradicional na mesa dos roraimenses, o festival destaca o beijú, que tem como base a mandioca e, que também é símbolo da culinária dos povos indígenas Macuxi e Wapichana. Eles transformam essa raiz em beiju (tapioca), alimento que já é passado de geração para geração não só entre eles, mas para toda a população local.
O evento promove a valorização das danças, músicas e artesanato indígena, além de aproximar os moradores locais e visitantes das tradições da região. A proposta do projeto é de autoria do deputado Soldado Sampaio (Republicanos.)
Com essa medida legal, o Festival do Beijú é reconhecido e protegido por lei. Além de promover mais visibilidade às tradições indígenas, ela incentiva a criação de políticas públicas voltadas à preservação da cultura alimentar regional.
Parlamento Jovem 2024
O projeto para reconhecer o Festival do Beijú como patrimônio cultural de Roraima iniciou durante o programa da Assembleia Legislativa “Parlamento Jovem 2024”, que incentiva a participação de estudantes na política. A responsável pela a apresentação do projeto foi a deputada jovem, Janete Pereira Adão, moradora da comunidade Tabalascada, e que serviu de inspiração para o PL após ser aprovado pelos os parlamentares.
Porque Imaterial?
De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Patrimônio Cultural Imaterial envolve práticas e saberes reconhecidos pelas comunidades como parte de sua herança cultural.