Cultura

Amizade entre avós e netos aumenta a qualidade de vida 

A boa relação entre os dois pode resultar em bons incentivos no início e no fim da vida

O dia 26 de julho é considerado o dia dos avós. A data comemorativa é em associação ao dia dos santos São Joaquim e Sant’ana, pais de Maria, segundo a fé católica. A relação entre avós e netos pode aumentar a qualidade de vida dos dois, promovendo afeto e carinho no início e fim da vida. 

Segundo o psicólogo Wagner Costa, a relação saudável entre avós e netos desperta laços fortes no relacionamento. “Uma das coisas mais importantes pra uma criança é ter um avô, uma avó ao seu lado que lhe dá carinho incondicional. Porque muitas vezes nós enquanto pais nós nos irritamos com os nossos filhos porque nós nos cansamos. Em alguns momentos o trabalho, o cansaço, a confusão do dia a dia nos faz perder a paciência, mas avô e avó eles não perdem a paciência. Inclusive nós costumamos dizer, né? Que o avô ‘estraga’, curte o melhor da criança e depois devolve para os pais”, destacou.


Segundo o psicólogo Wagner Costa, a relação saudável entre avós e netos desperta laços fortes no relacionamento (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Já para os avós, dividir a vida com os netos incentiva a viver e buscar propósito na velhice. “Nós percebemos o quanto eles se sentem importantes e a presença do neto faz com que eles continuem encontrando sentido para a vida porque uma das coisas mais tristes para alguém que envelhece é a solidão. No sentido de não ser valorizado pelos outros e netos sempre valorizam os avós, porque vêem o avô como uma fonte de distração, uma fonte de alegria e isso faz muito bem para o idoso”, disse o especialista. 

Safira e Scarlett

Safira Martins, de 54 anos, é professora e bem apegada com a netinha Scarlett Teixeira, de apenas dois anos.  “Quando soubemos que a Amanda [mãe de Scarlett] estava grávida, choramos juntas de alegria, ficamos eufóricos e já começamos planejar os preparativos para a chegada dela. Foi muita emoção”, afirmou Safira.

A avó e neta se vêem pelo menos a cada quatro dias. “Procurei participar da vida dela e me policiar para não invadir a vida do casal, mas quando passava uns três dias eu ia atrás para não perder as novidades. Hoje varia entre 3 a 4 dias, dependendo do trabalho”, disse a professora.

“Eu acredito que como avó, passei a dar mais importância aos ciclos que as crianças passam do que quando eu era mãe. Até mesmo as roupas dela, procuro verificar se é confortável para que ela se sinta bem. Meus avós sempre procuraram participar das nossas vidas e hoje, tenho boas lembranças. Quero que meus netos também tenham boas lembranças”, completou Safira.