Annayara dos Santos, engenheira química da Copapel_divulgação
Annayara dos Santos, engenheira química da Copapel_divulgação

Na correria do dia a dia, muitas pessoas acreditam que dominam as melhores práticas de limpeza. Mas, segundo Annayara Vanessa dos Santos, engenheira química da Copapel, empresa que é referência no fornecimento de soluções sustentáveis para o setor de higiene e limpeza, alguns hábitos considerados “corretos” podem prejudicar a eficácia, aumentar o desperdício e até trazer riscos para a saúde e para o meio ambiente.

“Ainda circulam muitos mitos sobre limpeza. Conhecimento e uso correto dos produtos são essenciais para garantir resultados seguros, eficientes e sustentáveis”, afirma a especialista. Para esclarecer o tema, Annayara reuniu os equívocos mais comuns entre consumidores e até profissionais da área, que acreditam estar adotando boas práticas, mas acabam repetindo hábitos ineficazes ou até prejudiciais.

  1. Quanto mais produto, mais limpa fica a superfície?

O excesso de produto não significa maior eficácia. Cada fórmula é desenvolvida para atuar em concentrações específicas, e usar mais do que o recomendado apenas aumenta a chance de deixar resíduos químicos sobre a superfície. Annayara explica que esses resíduos podem causar manchas, deixar pisos e bancadas escorregadios e até comprometer a durabilidade dos materiais. Com a utilização em excesso, o enxágue se torna mais difícil, o que eleva o consumo de água e o tempo gasto na tarefa.

Do ponto de vista econômico, o desperdício também pesa no bolso. Produtos aplicados em excesso não trazem ganho de eficiência, mas aumentam o custo da limpeza e tornam o processo menos sustentável. “A indicação correta do fabricante sempre considera eficiência e segurança. Respeitar essa proporção é o que garante bons resultados”, afirma Annayara.

  1. Misturar diferentes produtos potencializa a limpeza?

Segundo Annayara, na prática, a combinação de produtos pode reduzir a eficácia, já que cada solução foi formulada para atuar de forma independente. Em muitos casos, a mistura pode até anular os efeitos de ambos os produtos.

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Um alerta importante é que também existe o risco da mistura gerar reações químicas perigosas. Produtos que contêm cloro, por exemplo, ao serem misturados com substâncias ácidas, podem liberar gases tóxicos que afetam a saúde das vias respiratórias. “Misturar produtos é uma prática arriscada, que não oferece vantagem alguma. O ideal é usar cada item de forma isolada, no tipo de limpeza para o qual foi desenvolvido”, orienta a especialista da Copapel.

  1. Vinagre e limão substituem qualquer produto de limpeza?

Por mais que eles sejam frequentemente lembrados como alternativas caseiras para limpar manchas ou eliminar odores, segundo Annayara, recorrer a soluções profissionais é a escolha mais segura. “Os produtos de limpeza são formulados para garantir ação completa, aliando eficácia e segurança. Apostar apenas em receitas caseiras pode dar a falsa sensação de que o ambiente está limpo, quando na verdade a higienização não foi realizada da maneira correta”, explica.

Embora o vinagre e o limão tenham ação ácida que pode ajudar em algumas situações, eles não são desinfetantes eficazes contra bactérias e vírus, e não oferecem a proteção necessária em uma higienização completa. Quando usados em excesso, ainda podem corroer superfícies e danificar acabamentos, especialmente em pedras como mármore e granito.

  1. Cheiro agradável significa ambiente limpo?

Perfumar um ambiente não é sinônimo de limpeza. O cheiro pode mascarar odores desagradáveis e causar a impressão de que o local está higienizado, quando, na prática, nenhuma sujeira foi removida ou superfície desinfetada. De acordo com a especialista, a fragrância é apenas uma característica sensorial e não está relacionada com a eliminação de microrganismos ou sujeiras.

“Um espaço só é considerado realmente limpo quando passa por processos adequados de remoção de sujeira, aplicação de produtos corretos e tempo de ação suficiente. Perfume não substitui limpeza real”, alerta a engenheira química da Copapel. Esse hábito pode ser prejudicial, pois a sensação de limpeza aparente faz com que muitas pessoas dispensem etapas importantes da higienização.

  1. Mármore e granito podem ser limpos com qualquer produto?

Embora sejam pedras resistentes e elegantes, mármore e granito exigem cuidados específicos. Produtos de limpeza muito ácidos ou alcalinos podem desgastar o acabamento, deixando a superfície porosa e mais vulnerável a manchas. Com o tempo, esse tipo de dano pode comprometer a aparência e até reduzir a durabilidade do material.

A recomendação dos próprios fabricantes é sempre optar por soluções neutras. “O ideal é usar produtos adequados que limpem sem agredir, preservando o brilho e a integridade das superfícies. Ignorar esse cuidado pode gerar custos altos com manutenção e reposição de materiais”, reforça Annayara.

  1. Álcool 96% é mais eficaz do que o 70%?

Muita gente acredita que quanto maior a concentração de álcool, melhor o efeito na limpeza. No entanto, segundo Annayara, a eficácia da desinfecção depende da concentração adequada. O álcool 70% é o mais indicado porque contém a proporção ideal de água, permitindo que o produto permaneça mais tempo em contato com microrganismos e atue de forma eficaz na sua eliminação.

Já o álcool 96% evapora rapidamente, o que reduz o tempo de ação e compromete o processo de desinfecção. A especialista explica que esse é um bom exemplo de como a percepção nem sempre corresponde à realidade. “Mais forte não significa mais eficiente, e, no caso da limpeza, respeitar a formulação correta é determinante”.

  1. Quanto mais viscoso o produto mais potente ele é?

Segundo Annayara, a viscosidade está associada à praticidade de aplicação em determinadas superfícies, como as verticais, já que permite que o produto permaneça mais tempo em contato com a sujeira sem escorrer. Isso facilita a ação, mas não significa que o produto é mais concentrado ou eficaz.

“É preciso avaliar cada produto pelo seu rendimento e pela indicação de uso, não pela aparência”, explica. A eficácia depende dos ativos presentes na fórmula e do uso correto, conforme orientações de diluição e aplicação.

Para a especialista da Copapel, a principal dica é simples: respeitar os rótulos dos produtos, ou seja, os modos de uso indicados pelo fabricante. “Isso assegura eficiência, reduz impactos ambientais e evita desperdícios”, afirma. Ela também recomenda o uso de equipamentos de dosagem, como diluidores automáticos, para garantir maior precisão.

A Copapel investe continuamente em treinamentos e materiais educativos para conscientizar clientes e parceiros sobre boas práticas de limpeza. “Nosso compromisso é unir eficiência, segurança e sustentabilidade, ajudando empresas e consumidores a adotarem hábitos que geram economia e cuidam da saúde das pessoas e do planeta”, conclui Annayara.