
O Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, pediu o cumprimento imediato da Decisão que torna indisponíveis e bloqueia os bens dos ex-membros da diretoria da OPS Unimed Fama, em Roraima, no valor de R$ 3,2 milhões.
De acordo com o MPRR, a Decisão judicial foi proferida em dezembro de 2024. O valor deve ser destinado a resguardar o reembolso aos consumidores que estão penalizados pelas omissões da operadora do plano de saúde.
O reforço do MP foi divulgado após a Folha noticiar que a operadora suspendeu o convênio com o Hospital Lotty Iris — único credenciado para atendimentos hospitalares, inclusive de urgência e emergência, em Boa Vista. Mais de mil pessoas são atendidas pela Unimed Fama em Roraima, que passa por processo de recuperação judicial e tem registrado falhas no atendimento, como a falta de cobertura hospitalar aos beneficiários.
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“O consumidor roraimense que precise de serviços hospitalares da OPS Unimed-Fama acaba não os recebendo adequadamente e, em atitude de desespero, tem que custear suas despesas para, posteriormente, requerer reembolso de tais valores”, afirmou o promotor de Justiça Adriano Ávila. “A única forma de minimizar tão dramática situação é bloquear bens e valores titularizados pelos demandados”, finalizou.
Hospital Unimed fechou em 2024
O Hospital Unimed encerrou suas atividades em Boa Vista em julho de 2024. Na época, em resposta ao Procon da Assembleia Legislativa de Roraima, a Unimed-Fama afirmou que o fechamento da unidade hospitalar não significava o encerramento dos serviços da cooperativa de médicos da Amazônia no estado.
A operadora relatou que, apesar dos desafios enfrentados e da desativação administrativa dos atendimentos na unidade, não havia intenção de encerrar definitivamente os serviços. “Também informou que se compromete a manter o atendimento aos beneficiários e está em tratativas para ampliar a rede credenciada na região”, divulgou o órgão de defesa do consumidor.