SAÚDE PÚBLICA

SUS passa a oferecer teste de DNA-HPV para prevenção do câncer do colo do útero

O exame identifica 14 tipos do papilomavírus humano (HPV) e consegue detectar a presença do vírus antes mesmo do surgimento de lesões ou de sinais da doença

O HPV é a principal causa do câncer de colo do útero, terceiro tipo mais incidente entre as brasileiras, com 17 mil novos casos estimados por ano no período de 2023 a 2025 (Foto Divulgação)
O HPV é a principal causa do câncer de colo do útero, terceiro tipo mais incidente entre as brasileiras, com 17 mil novos casos estimados por ano no período de 2023 a 2025 (Foto Divulgação)

O Ministério da Saúde começa a disponibilizar, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o teste de biologia molecular DNA-HPV, uma nova tecnologia indicada para o rastreamento do câncer de colo do útero.

O exame identifica 14 tipos do papilomavírus humano (HPV) e consegue detectar a presença do vírus antes mesmo do surgimento de lesões ou de sinais da doença, aumentando a eficácia da prevenção.

Segundo o ministério, o teste tem maior sensibilidade diagnóstica e permitirá ampliar o intervalo entre os exames para até cinco anos em casos negativos, reduzindo custos e evitando procedimentos desnecessários.

Como funciona

A coleta do DNA-HPV é parecida com a do papanicolau: a secreção do colo do útero é retirada em consulta ginecológica. A diferença é que, em vez de ir para uma lâmina, o material é colocado em um tubo com líquido conservante e enviado ao laboratório, onde é feita a análise genética.

Com a nova tecnologia, o papanicolau não desaparece, mas passa a ser usado apenas para confirmar os casos em que o teste de DNA indicar resultado positivo.

Produzido pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (Fiocruz), o exame é 100% nacional.

Onde será ofertado

Inicialmente, o teste estará disponível em municípios de 12 estados — Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Bahia, Pará, Rondônia, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco — além do Distrito Federal. A escolha considerou locais que já contam com serviços de referência em colposcopia e biópsia, necessários para dar continuidade ao tratamento.

A meta é que, até dezembro de 2026, o rastreamento esteja disponível em todo o país, beneficiando 7 milhões de mulheres de 25 a 64 anos anualmente.

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