O sarampo voltou a preocupar autoridades de saúde na América do Sul. Na Bolívia, país vizinho ao Brasil, já foram confirmados 229 casos somente neste ano, segundo dados oficiais. A proximidade geográfica acendeu o alerta nos estados brasileiros que fazem fronteira, em especial no Tocantins, que concentra a maioria dos 22 casos importados registrados no Brasil, todos com origem boliviana.
O Ministério da Saúde reforça que o Brasil mantém o status de país livre do sarampo, certificado conquistado em novembro do ano passado. No entanto, o cenário regional e a circulação do vírus em países vizinhos aumentam o risco de reintrodução da doença, especialmente em áreas com baixa cobertura vacinal.
Doença grave e altamente contagiosa
Causado por um dos vírus mais contagiosos conhecidos, o sarampo pode levar à morte. Uma pessoa infectada pode transmitir a doença para até 90% das pessoas próximas que não estejam vacinadas. Os sintomas incluem febre alta, manchas pelo corpo, tosse, coriza e conjuntivite.
Risco global e movimentos antivacina
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o avanço de movimentos antivacina em diversos países tem contribuído para a volta de surtos, inclusive em regiões que já haviam eliminado o sarampo. A resistência à imunização enfraquece barreiras de proteção comunitária, facilitando a propagação do vírus.
Vacinação: a principal defesa
A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, é a forma mais eficaz de prevenção. Ela é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e indicada para todas as pessoas a partir de um ano de idade, com reforço na adolescência.
Autoridades brasileiras recomendam que quem vive em regiões de fronteira ou planeja viajar para áreas com casos confirmados verifique a situação vacinal e mantenha o esquema atualizado. “A vacinação é fundamental para impedir que o vírus volte a circular no país”, reforça o Ministério da Saúde.