A Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr) uma reunião técnica com responsáveis técnicos, médicos veterinários e zootecnistas para discutir medidas de prevenção e alinhamento sanitário contra a Influenza Aviária. O encontro ocorreu nessa terça-feira (3), no auditório da instituição e teve como objetivo atualizar os profissionais sobre o status sanitário do estado, que segue livre da doença.
Durante a reunião, foram repassadas informações relacionadas à sorologia de aves de postura industrial e apresentado o plano estadual de contingência em caso de eventual detecção da enfermidade.
A Influenza Aviária é descrita como uma doença viral contagiosa entre aves, e, segundo a Aderr, pode representar riscos à produção avícola e à saúde pública. Com base nessas informações, o estado tem adotado ações de prevenção com apoio do Governo de Roraima.
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, não há registro da doença em granjas comerciais no Brasil. No entanto, foram confirmados casos em aves silvestres nas regiões Sul e Sudeste do país, o que, conforme a pasta, mantém o país em estado de alerta.
De acordo com o presidente da Aderr, Marcelo Parisi, “Roraima, por ser uma zona estratégica na fronteira norte do país, precisa estar especialmente preparada. Ainda não registramos nenhum caso da doença, mas o trabalho de biossegurança nas granjas e a vigilância epidemiológica são importantes para a proteção do nosso plantel avícola”.
Ainda segundo a Aderr, durante o encontro foram reforçadas as orientações sobre os cuidados a serem adotados para evitar a entrada da doença no estado e os procedimentos previstos em caso de ocorrência.
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O Plano Estadual de Contingência para Influenza Aviária também foi abordado. De acordo com a agência, o documento define medidas como interdição de granjas suspeitas, sacrifício sanitário de animais, controle de trânsito de aves e produtos e atuação conjunta com órgãos federais e municipais.
O chefe do Programa Estadual de Sanidade Avícola, Ronaldo Feitosa, afirmou que “a biosseguridade das granjas precisa ser reforçada. Não se trata apenas de proteger a produção, mas de garantir a sanidade avícola como um todo. Um único foco da doença poderia comprometer toda a cadeia produtiva, afetando inclusive exportações e o abastecimento interno”.
Monitoramento e coletas
Outro ponto destacado na reunião, conforme a Aderr, foi a realização de testes sorológicos em aves de postura industrial. As coletas, segundo a agência, ocorreram em 10 granjas de Boa Vista, uma de Bonfim e uma de Caracaraí. O material será enviado ao Laboratório Federal de Defesa Animal, em Recife. A Aderr informou ainda que novas coletas estão previstas para aves de subsistência.
Situação nacional
Segundo informações do governo federal, o Brasil é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal como livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em granjas comerciais. Ainda de acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, os planos de ação são atualizados regularmente em conjunto com os estados.