Em Roraima, foram 296 registros em 2024. (Foto: Divulgação)
Em Roraima, foram 296 registros em 2024. (Foto: Divulgação)

Roraima registrou uma queda expressiva nas mortes por aids no último ano. O número de óbitos passou de 55 em 2023 para 31 em 2024, redução de 43,7%. O cenário acompanha a tendência nacional. O Brasil atingiu o menor índice de mortes por aids em três décadas, segundo o novo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.

De acordo com o MS, a redução está ligada à ampliação da testagem, ao diagnóstico mais rápido e ao acesso a tratamentos modernos disponibilizados pelo SUS, capazes de tornar o vírus indetectável e intransmissível. Esses avanços também contribuíram para a eliminação da transmissão vertical do HIV como problema de saúde pública, quando a infecção passa da mãe para o bebê.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que o país vive “uma conquista histórica”, reforçando que o SUS oferece gratuitamente as tecnologias mais avançadas de prevenção, diagnóstico e tratamento.

Os casos de aids no Brasil também caíram 1,5% no período. Em Roraima, foram 296 registros em 2024. No atendimento materno-infantil, o país reduziu infecções entre gestantes e crianças e acelerou o início da profilaxia neonatal, com queda de 54%.

O Brasil mantém a taxa de transmissão vertical abaixo de 2% e a incidência inferior a 0,5 caso por mil nascidos vivos. A cobertura de pré-natal, testagem e tratamento ultrapassa 95%. Em 2024, 68,4 mil pessoas viviam com HIV ou aids no país. Em Roraima, foram contabilizados 505 registros.

A política de Prevenção Combinada foi ampliada e passou a incluir métodos como PrEP e PEP, além da distribuição de preservativos em novos modelos para alcançar o público jovem. Desde 2023, o número de usuários de PrEP cresceu mais de 150%, chegando a 140 mil pessoas. No diagnóstico, houve aumento de 65% na oferta de duo testes para HIV e sífilis e distribuição de 780 mil autotestes.

O tratamento segue garantido pelo SUS, com mais de 225 mil pessoas utilizando o comprimido único de lamivudina com dolutegravir, esquema considerado eficaz e de boa tolerabilidade. O país já cumpre duas das três metas globais 95-95-95.

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Para reforçar a participação social, o Ministério da Saúde lançou editais que somam R$ 9 milhões destinados a entidades que atuam no enfrentamento ao HIV. A pasta ampliou comissões e comitês consultivos e criou um comitê interministerial voltado à eliminação de infecções determinadas socialmente, com foco especial na transmissão vertical do HIV e na aids.