ALERTA

Roraima entra em alerta para risco elevado de infestação de mosquitos da dengue

De janeiro a junho, foram registrados 317 casos prováveis da doença no Estado, com dois óbitos confirmados e um em investigação

Roraima entra em alerta para risco elevado de infestação de mosquitos da dengue Roraima entra em alerta para risco elevado de infestação de mosquitos da dengue Roraima entra em alerta para risco elevado de infestação de mosquitos da dengue Roraima entra em alerta para risco elevado de infestação de mosquitos da dengue
A situação de Roraima para as arboviroses nesse período é de alerta (Foto: Ascom/Sesau)
A situação de Roraima para as arboviroses nesse período é de alerta (Foto: Ascom/Sesau)

Roraima registrou um aumento nos casos prováveis de dengue em 2025, com 80% dos municípios classificados com alto risco de infestação pelo mosquito Aedes aegypti. Segundo o levantamento da CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde) da Sesau (Secretaria de Saúde), o cenário se agrava com o atual período chuvoso, que favorece a proliferação de criadouros.

De janeiro a junho, foram registrados 317 casos prováveis da doença no Estado, com dois óbitos confirmados e um em investigação.

A gerente do Núcleo de Controle da Febre Amarela e Dengue da Sesau, Rosângela Santos, afirma que a situação do estado exige atenção imediata. “A situação de Roraima para as arboviroses nesse período é de alerta, porque estamos considerando o último levantamento da presença do Aedes aegypti, que obteve uma classificação de alto risco, o que deixa o Estado em atenção para uma possível epidemia”, reforçou.

O período chuvoso contribui diretamente para o acúmulo de água em depósitos descobertos, pneus, calhas, lixos e outros recipientes, criando o ambiente ideal para o desenvolvimento das larvas do mosquito.

O levantamento do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti) realizado em maio aponta que os depósitos passíveis de remoção, como garrafas, tampinhas, vasos e recipientes de animais, estão entre os criadouros mais frequentes, concentrando mais de 80% dos focos identificados. Em municípios como Caracaraí, os lixos representam até 70% dos criadouros ativos.

“É necessária a contribuição da população nesse momento, com ações simples como descartar o lixo nos dias corretos de coleta, lavar adequadamente os bebedouros de animais e os pratinhos de plantas, além de eliminar pneus de forma segura. Nós estamos junto aos municípios com orientações, reuniões e estratégias, mas cada um precisa fazer sua parte”, destacou.

RELEMBRE O CASO

Em abril, Roraima confirmou o primeiro óbito por dengue do ano, envolvendo uma mulher de 48 anos, residente temporária em Pacaraima. A paciente, do sexo feminino, sem histórico de comorbidades, apresentou sintomas no dia 9 de abril, como dor de cabeça, febre e dores no corpo. Com a evolução do quadro, surgiram dores articulares intensas, dor abdominal, vômitos e diarreia.

Ela procurou atendimento médico em Pacaraima e com o agravamento dos sintomas, foi levada pela família ao HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento), onde faleceu em 15 de abril.

A partir da notificação hospitalar, o Núcleo de Controle de Febre Amarela e Dengue iniciou o protocolo de investigação, com coleta de dados clínicos e domiciliares, orientação de ações ao município e análise laboratorial. O diagnóstico foi confirmado no dia 23 de abril, com resultado reagente para sorologia IgM –teste que identifica a presença de anticorpos no sangue–, realizado pelo Lacen-RR (Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima).

COMO PREVENIR

Para prevenir novos casos, a orientação é que a população elimine depósitos de água parada em suas casas e procure atendimento médico imediato em caso de febre alta, dor abdominal intensa, vômitos persistentes ou sangramentos.

Também é essencial procurar as unidades de saúde ao apresentar os sintomas, para que seja feito o diagnóstico precoce e o manejo adequado de cada paciente”, reforçou Rosângela.

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