
O Brasil recebeu o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS) por ter eliminado a transmissão do HIV de mãe para filho, conhecida como transmissão vertical, como problema de saúde pública. A informação foi antecipada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante participação no programa Bom Dia, Ministro, exibido pelo CanalGov, nesta segunda-feira (15).
De acordo com o ministro, representantes da OMS e do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) devem vir ao país nos próximos dias para a entrega oficial da certificação. O processo de avaliação teve como base um dossiê apresentado pelo Brasil com dados consolidados do Sistema Único de Saúde (SUS).
Padilha atribuiu o resultado à ampliação do diagnóstico precoce, ao acompanhamento das gestantes no pré-natal e ao acesso gratuito aos medicamentos antirretrovirais. Segundo ele, a combinação dessas políticas públicas foi determinante para interromper o ciclo de transmissão do vírus durante a gestação, o parto e a amamentação.
O ministro também lembrou que, no passado, o país chegou a manter abrigos destinados a crianças que nasciam com HIV após perderem os pais em decorrência da Aids. “Esse cenário não existe mais. Hoje, conseguimos evitar que o vírus seja transmitido da gestante para o bebê”, afirmou.
Enfrentamento aos impactos das apostas eletrônicas
Ainda durante a entrevista, Padilha destacou ações do Ministério da Saúde voltadas aos efeitos das apostas eletrônicas sobre a saúde mental. Uma das medidas é a criação do Observatório Saúde de Apostas Eletrônicas, que reúne iniciativas de monitoramento e prevenção.
Entre as ferramentas já disponíveis está a opção de bloqueio simultâneo de contas em plataformas de apostas, acessível pelo aplicativo Meu SUS Digital. O ministério também planeja implementar um serviço de atendimento psicossocial remoto voltado a pessoas que enfrentam problemas relacionados ao jogo.
Segundo Padilha, estudos internos indicam que o atendimento online tem maior adesão nesse tipo de demanda, já que muitos usuários evitam buscar ajuda presencial. A estimativa é de que os atendimentos específicos para esse público ainda sejam reduzidos, mas tendem a crescer com a ampliação dos serviços.
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