Saúde e Bem-estar

Mulheres cobram reconhecimento da endometriose como doença

A classificação busca a formulação de políticas para o acolhimento destas mulheres pelo SUS

Mulheres cobram reconhecimento da endometriose como doença Mulheres cobram reconhecimento da endometriose como doença Mulheres cobram reconhecimento da endometriose como doença Mulheres cobram reconhecimento da endometriose como doença

Pelo terceiro ano consecutivo, Roraima aderiu à EndoMarcha, movimento realizado simultaneamente em mais de 70 países e em 20 cidade brasileiras, pela conscientização sobre a endometriose. O evento foi realizado na praça do Centro Cívico, em Boa Vista, com parceria da Procuradoria Especial da Mulher, órgão do Poder Legislativo.

A principal bandeira é pelo reconhecimento da endometriose como doença social, pois o problema de saúde pública reflete-se na vida profissional e na convivência desta mulher em sociedade, considerando as dores incontroláveis e incapacitantes.

A programação incluiu café da manhã e aula de zumba. Vestidos de amarelo, os participantes marcharam ao redor do Monumento aos Garimpeiros. Panfletos explicativos sobre a doença foram distribuídos para quem passava pelos sinais em frente à igreja Catedral e da Assembleia Legislativa de Roraima.

No Estado, o evento é coordenado pela advogada Nathália Veras, que é portadora da doença e resolveu lutar pela causa. “Queremos o reconhecimento da doença como uma doença social, que gera um grande impacto na vida das mulheres dentro do trabalho, vida social e família. O intuito é divulgar também que existe a cura dessa doença”.

Sobre os direitos com o reconhecimento da doença, Nathália destacou alguns que podem fazer a diferença na vida das portadoras. “Uma das nossas lutas é para que a doença seja considerada incapacitante, por conta das fortes dores ocasionadas. Outro benefício é a possibilidade de isenção de impostos e carros adaptados e o principal, o direito ao tratamento da doença pelo SUS”, pontou.

Endometriose

A endometriose é uma doença caracterizada pela presença do endométrio fora da cavidade uterina e que pode provocar cólica menstrual, dor abdominal, retenção de liquido e inchaço, dificuldade para urinar ou defecar, dor profunda durante relações sexuais e infertilidade.   

Após receber o diagnóstico da doença, a autônoma Eliane Macêdo procurou ajuda e hoje é apoiadora da causa, para ela, a informação é o principal meio de prevenção. “Quando eu descobri a doença minha família sempre me apoiou, mas nunca entendeu o motivo de tanta dor. Por isso é importante a divulgação da doença, para que as mulheres fiquem em alerta”.

Educação preventiva

Para sensibilizar a população a respeito da doença, foi instituída a Semana Estadual de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose, criada a partir da Lei 1.111/16 de autoria da deputada Lenir Rodrigues (PPS).   

À frente da Procuradoria Especial da Mulher, a deputada, que também participou do evento, ressaltou a importância de apoiar ações que visam a saúde das mulheres. “Durante esse mês tivemos várias programações de divulgação da doença. Hoje estamos na EndoMarcha mobilizando a sociedade para essa luta tão importante, chamando atenção para a endometriose que ocorre em várias mulheres e que não é frescura”.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.