SAÚDE INDÍGENA

Ministério da Saúde nomeia enfermeira para o DSEI Leste Roraima

Letícia Monteiro atua no DSEI Leste desde 2013, atualmente no município de Surumu, na comunidade Alto Miang

Enfermeira de formação, Letícia Monteiro acumula anos de experiência no atendimento à saúde indígena. Foto: reprodução
Enfermeira de formação, Letícia Monteiro acumula anos de experiência no atendimento à saúde indígena. Foto: reprodução

O Ministério da Saúde oficializou, nesta quinta-feira (16), a nomeação de Letícia Monteiro da Silva, indígena Taurpang, para o cargo de coordenadora do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) – Leste de Roraima. A portaria nº 443, assinada pelo ministro Alexandre Padilha, confirma a nomeação.

Letícia Monteiro atua no DSEI Leste desde 2013, atualmente na região do Surumu, na comunidade Alto Miang. Enfermeira de formação, ela acumula anos de experiência no atendimento à saúde indígena na região.

O DSEI Leste de Roraima é responsável pela atenção básica às comunidades indígenas do interior do estado, área que exige conhecimento profundo da realidade local e compromisso com os direitos desses povos.

Após ocupação da sede do DSEI Leste

A nomeação ocorre dois dias após lideranças indígenas ocuparem, na tarde da última quarta-feira (14), a sede do DSEI Leste, no bairro São Vicente, em Boa Vista, e reunião com o Secretário Especial de Saúde Indígena, Weibe Tapeba. A ação integrou a programação do 5º Acampamento Terra Livre (ATL) e teve como pauta principal a cobrança por melhorias nos atendimentos de saúde e a nomeação de uma coordenação para o órgão.

Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV

Nas reuniões de consulta com as lideranças, realizadas previamente, o movimento indígena de Roraima havia indicado a médica e enfermeira Lindinalva Lopes Marques para assumir o cargo. A sugestão se baseava em sua formação na área da saúde, experiência como gestora e histórico de atuação em Pacaraima, além da participação ativa nas discussões durante a Assembleia Unifica, realizada em fevereiro na comunidade indígena Tabalascada.

Precariedade na saúde indígena

Durante o ato, representantes do movimento indígena denunciaram a precariedade nos atendimentos prestados às comunidades, citando a falta de medicamentos, a escassez de profissionais de saúde e as dificuldades no transporte de pacientes, sobretudo em regiões de difícil acesso. A ausência de uma gestão efetiva foi apontada como uma das principais causas dos problemas.

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