Uma das grandes demandas da saúde pública em Roraima são as cirurgias eletivas, que são procedimentos cirúrgicos preconizados para o restabelecimento da saúde e bem-estar do paciente, mas que não se enquadra como urgência e emergência médica.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, visando minimizar a espera por esses procedimentos, o Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth colocou em prática um plano que visa acelerar a lista de espera por cirurgias eletivas.
Além disso, segundo a Sesau, o Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento tem ampliado gradativamente o número desses procedimentos que são agendados.
Com a retomada total da capacidade de atendimento, o HMI estima realizar até 35 cirurgias eletivas por semana, o que representa um aumento de 50% no volume mensal de procedimentos.
De acordo com a Sesau, a medida é resultado da reorganização interna e da reposição de insumos e materiais hospitalares, garantindo que aumente o volume de cirurgias com segurança, agilidade e dentro dos critérios de prioridade do Sisreg (Sistema de Regulação).
“Vamos colocar em prática um plano para fazer a redução da fila cirúrgica do Sisreg. Vale ressaltar que realizamos cerca de 600 a 700 cirurgias no geral, por mês, e que nós somos a maior unidade em números de parto do Brasil, chegando até quase mil partos”, explicou o diretor-geral do HMI, Manuel Roque.
Enquanto isso, o HGR inicia o processo de retomada gradativa, organizando o fluxo interno e o atendimento às especialidades com maior demanda.
“O HGR tem feito um levantamento dos principais procedimentos realizados na unidade e a demanda da fila única, e estamos organizando os serviços para atender a toda a demanda da fila única”, afirmou a diretora-geral do HGR, Patrícia Renovato.
A unidade realiza diariamente procedimentos em várias especialidades, com destaque para neurocirurgia, ortopedia e cirurgia geral. A meta para os próximos meses, segundo Patrícia é ampliar o atendimento também aos pacientes da fila única do SUS, não apenas aos casos de urgência.
“Tivemos um grande avanço no serviço de neurocirurgia e as cirurgias que estavam acumuladas aguardando procedimentos tiveram um grande avanço. Isso mostra que conseguimos rodar o serviço de neurocirurgia e também com olhar para os demais serviços que não ficaram parados”, explica Patrícia.
A diretoria do hospital também trabalha na organização de novas demandas, como as de cirurgia plástica, com o objetivo de ampliar o número de especialidades ativas na rotina cirúrgica da unidade. O avanço na oferta de materiais e a estabilidade no fornecimento de insumos hospitalares são apontados como fatores fundamentais para a evolução dos serviços.
