O aumento do trabalho remoto e o uso prolongado de celulares e computadores têm deixado marcas visíveis na saúde das mulheres. Entre 25 e 45 anos, cresce o número de casos de dores crônicas na coluna, pescoço e ombros, segundo levantamentos de associações médicas e de fisioterapia.
A rotina de permanecer horas sentada, muitas vezes em cadeiras sem suporte adequado, favorece desalinhamentos posturais que, com o tempo, evoluem para problemas como lombalgia, hérnia de disco e tensão muscular constante. O excesso de uso do celular também contribui: a inclinação da cabeça para a tela sobrecarrega a musculatura cervical e acelera o desgaste das articulações.
Especialistas alertam que esses desconfortos não devem ser normalizados. Pequenas mudanças no dia a dia, como ajustar a altura da cadeira, manter os pés apoiados, posicionar a tela na linha dos olhos e fazer pausas a cada 50 minutos para alongar, reduzem significativamente o risco de dores e lesões.
Além da ergonomia, investir em exercícios de fortalecimento e alongamento é fundamental para preservar a saúde da coluna. Atividades como pilates, yoga e musculação contribuem para melhorar a postura e reduzir o impacto de longos períodos de sedentarismo.
A prevenção, segundo profissionais da área, passa também por um olhar atento aos sinais do corpo. Desconfortos persistentes, sensação de rigidez ao acordar e dores que pioram ao final do dia são indícios de que algo precisa ser ajustado. Quanto mais cedo forem feitas as correções, menores as chances de complicações a longo prazo.