BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO

Roraima reduz mortes por hepatite C em 25% nos últimos dez anos

Boletim do Ministério da Saúde aponta queda na mortalidade e avanços na testagem e tratamento pelo SUS

Hepatites virais são a segunda principal causa infecciosa de morte no planeta, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS). (Foto: reprodução/internet)
Hepatites virais são a segunda principal causa infecciosa de morte no planeta, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS). (Foto: reprodução/internet)

Roraima registrou uma redução de 25% nas mortes por hepatite C nos últimos dez anos, passando de quatro óbitos em 2014 para três em 2024. Os dados constam no novo Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, divulgado pelo Ministério da Saúde durante a campanha nacional do Julho Amarelo.

No mesmo período, o estado teve 599 pessoas com indicação para tratamento da hepatite B, das quais 181 iniciaram o acompanhamento. Para hepatite C, 31 pessoas receberam indicação para tratamento, e 22 iniciaram o processo.

Em todo o país, a mortalidade por hepatite B caiu 50%, e por hepatite C, 60%. O Ministério da Saúde também registrou queda de 99,9% nos casos de hepatite A em crianças menores de 10 anos, além da redução da transmissão vertical da hepatite B: 55% a menos entre gestantes e 38% em crianças com até cinco anos.

A campanha deste ano tem como tema “Um teste pode mudar tudo” e reforça a importância do diagnóstico precoce. A testagem é gratuita no SUS, por meio de testes rápidos ou laboratoriais, e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde.

O Ministério da Saúde também lançou uma plataforma digital que permite o monitoramento da testagem, início e continuidade do tratamento nos estados e municípios. A ferramenta busca ampliar o acesso ao cuidado e aumentar a cobertura do tratamento para hepatite B, conforme a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Atualmente, o tratamento para hepatite B inclui medicamentos como alfapeginterferona, tenofovir (TDF e TAF) e entecavir. Para hepatite C, os antivirais de ação direta apresentam taxa de cura superior a 95%.

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A vacinação continua sendo a principal forma de prevenção e está disponível gratuitamente pelo SUS, com esquemas definidos para crianças, adolescentes e adultos. O Ministério também recomenda o uso de preservativos, higienização das mãos e o não compartilhamento de objetos cortantes ou perfurocortantes.

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