O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nomeou nesta quarta-feira (4) a enfermeira Lindinalva Lopes Marques, de 50 anos, como coordenadora do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei Leste).
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A portaria está no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (4). O órgão estava há três meses sem direção, o que inviabilizava o envio de equipes de saúde às comunidades indígenas.
A falta de coordenação, então, virou alvo de críticas de indígenas e de parlamentares como a presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, Damares Alves (Republicanos-DF).
Desde a última semana, indígenas de 11 dos 15 municípios da jurisdição do Dsei Leste ocupam o distrito para cobrar, portanto, a nova direção desde a exoneração de Zelandes Alberto Patamona.
Lindinalva deve reuni-los para tentar pacificar a situação.
Quem é Lindinalva Marques
Lindinalva Lopes Marques nasceu em Marabá (PA), no dia 6 de outubro de 1974. Ela é mãe de dois filhos. É formada em Enfermagem pela Fares e em Medicina na Venezuela.
É servidora da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) há 21 anos (desde 2004 como auxiliar de enfermagem e desde 2013 como enfermeira). Assim, foi cedida para comandar o Dsei Leste.
Foi diretora do Hospital Délio Tupinambá, de Pacaraima (RR). Em 2024, participou da primeira eleição ao se candidatar ao cargo de vereadora de Pacaraima, mas não se elegeu: terminou como terceira suplente do PDT com 61 votos.
Para o distrito, Lindinalva Marques tem o apoio de indígenas macuxi, taurepang, wapichana, patamona, ingaricó, xirixana e yanomami, ligados a cinco associações com posições historicamente antagônicas ao do CIR.
Uma delas é a Sodiurr (Sociedade de Defesa dos Índios Unidos de Roraima), que representa 22 mil indígenas.
Mas foi a bancada roraimense do Republicanos no Congresso que emplacou a nomeação de Lindinalva.