DENÚNCIA

Com quadro de pneumonia, idosa aguarda há uma semana por exame no HGR

Família denuncia denúncia demora na realização de ecocardiograma essencial para definição de um tratamento para Rodozina Figueira, de 79 anos

Rodozina Figueira está internada na área vermelha do HGR. Foto: arquivo pessoal/Edivânia Figueira
Rodozina Figueira está internada na área vermelha do HGR. Foto: arquivo pessoal/Edivânia Figueira

Internada na Área Vermelha do Hospital Geral de Roraima (HGR) devido um quadro de pneumonia, a senhora Rodozina Lima Figueira, de 79 anos, aguarda há pelo menos uma semana pela realização de um exame de ecocardiograma. Isso é o que a família denuncia após ver piora no estado de saúde da idosa.

Segundo a filha, Rosângela Figueira, a Rodozina vinha passando mal há cerca de 15 dias, com dificuldade para respirar. A família chegou a levá-la diversas vezes ao hospital, mas ela era sempre mandada de volta para casa.

No último dia 17 de maio, por volta de 1h da madrugada, a família levou a idosa à Policlínica Cosme e Silva. Às 5h, ela foi transferida ao HGR, onde realizou exames como tomografia e raio-x. No local, não foi identificado quadro de pneumonia, mas sim um problema cardíaco e, mesmo com a dificuldade para respirar, a idosa teve alta no domingo à tarde.

“Bateram uma tomografia, bateram raio-x, e nunca viram que a minha mãe estava com pneumonia. Falaram que era só coração enquanto minha mãe estava com muita dificuldade de respirar”, contou Edivânia.

Na segunda-feira, 19 de maio, a filha retornou do trabalho e encontrou a mãe em estado ainda mais grave. Ela acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a levaram novamente ao HGR, onde deu entrada diretamente na UTI.

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“Quando eu cheguei do trabalho, minha mãe estava muito ruim. Aí eu chamei o Samu, o Samu veio e [os enfermeiros] falaram: ‘por que você não volta com ela para o hospital?’ A situação dela já era quase sem ar”, disse.

Após sair da UTI, Rodozina foi encaminhada à Área Vermelha 3, onde permanece até hoje. Conforme a filha, antes de sair da UTI os médicos afirmaram que solicitariam o exame, um dia depois o pedido foi confirmado. No entanto, desde a última quarta-feira (21), o procedimento ainda não foi marcado. “Já faz uma semana e nada do exame ser marcado e minha mãe só piorando”, lamenta Rosângela.

A reportagem procurou a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) para entender a motivação da demora e se há previsão para o procedimento ser realizado. Até a publicação da matéria não houve retorno e o espaço segue aberto.

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