A forma como nos alimentamos influencia muito mais do que o peso ou a disposição física. Para as mulheres, especialmente entre os 40 e 50 anos, a relação entre dieta e saúde mental ganha destaque em um novo estudo da Ohio State University. Segundo a pesquisa, uma dieta rica em alimentos ultraprocessados e açúcares adicionados está diretamente associada ao aumento dos sintomas de depressão nessa faixa etária.
O levantamento, que acompanhou hábitos alimentares e saúde emocional de centenas de mulheres, indica que o cérebro feminino pode ser particularmente sensível ao que está no prato, especialmente durante períodos de transição hormonal como a perimenopausa e a menopausa.
Conforme o estudo, os alimentos ultraprocessados como biscoitos recheados, salgadinhos, refrigerantes e pratos prontos são pobres em nutrientes essenciais e ricos em ingredientes inflamatórios. Segundo o estudo, o consumo frequente desses itens pode alterar o eixo intestino-cérebro, influenciando a produção de neurotransmissores como a serotonina, responsável pela sensação de bem-estar.
Essa interferência é ainda mais significativa em mulheres entre 40 e 50 anos, momento da vida em que há maior flutuação hormonal, mudanças de humor, insônia e aumento do risco para transtornos como ansiedade e depressão.
A boa notícia é que a alimentação também pode ser parte fundamental da prevenção e do cuidado com a saúde mental. Dietas com base em alimentos naturais e integrais, especialmente vegetais, frutas, legumes, grãos, sementes e oleaginosas, oferecem fibras, antioxidantes, vitaminas do complexo B, magnésio e triptofano, todos nutrientes que favorecem o equilíbrio emocional.
Os benefícios da alimentação equilibrada são potencializados com sono de qualidade, atividade física regular e redução do estresse. Práticas como caminhada ao ar livre, yoga e meditação também ajudam a manter o humor estável e reduzem a tensão acumulada. Outro ponto importante é o cuidado com o uso de álcool e cafeína em excesso, que podem agravar quadros de ansiedade e insônia.
