ANSIEDADE

Como ajudar uma pessoa em crise de ansiedade? Psicóloga orienta

Pessoas não reconhecem os sintomas iniciais como ansiedade, e acabam passando por outros médicos até chegar ao psicólogo, afirma terapeuta.

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Em casos mais graves, ansiedade pode levar à perda do controle emocional e paralisia. Foto: Internet.
Em casos mais graves, ansiedade pode levar à perda do controle emocional e paralisia. Foto: Internet.

Embora a ansiedade seja um sentimento comum a todos, quando em excesso, afeta diretamente a saúde mental e a vida cotidiana de um indivíduo. O maior obstáculo nestes casos é identificar que os sintomas observados se tratam de um quadro ansioso patológico. Além disso, saber acolher alguém nessa situação pode ser útil para atenuar situações graves e evitar o agravamento de uma crise. Para falar sobre o assunto, a Folha entrevistou a psicóloga Lauryjane Cunha, que nos explicou o que é a ansiedade e quando ela se torna uma questão clinica.

“A ansiedade é mais uma emoção, muitas vezes pode ser acompanhada de agitação ou nervosismo e todos nós a sentimos, seja antes de fazer uma prova importante ou antes de fazer uma viagem. É preciso ter atenção com a recorrência desse sentimento, quando passa a ser patológico e desencadear dificuldade em realizar as atividades do cotidiano”, explicou.

A psicóloga pontua sintomas comuns em uma crise de ansiedade. “A taquicardia, insônia, dificuldade de enfrentar conflitos, nervosismo constante e paralisia são sintomas que requerem uma atenção especial. A depender do grau da crise, a pessoa pode perder o controle total das emoções e aí vem a necessidade de iniciar o tratamento com um profissional habilitado”.

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Pacientes com algum transtorno mental podem acabar “se fecharem” para a ajuda de pessoas próximas, por medo de não serem compreendidas e até mesmo de serem discriminadas. Em outros casos, o forte estigma ao redor da ansiedade, leva pessoas a procurarem outros profissionais de saúde, por não aceitarem sua condição ou por não terem conhecimento para reconhecê-la, como explica a psicóloga.

“Normalmente as pessoas não reconhecem os sintomas iniciais como ansiedade, e acabam passando por outros médicos até chegar ao psicólogo. Essa investigação mais extensa é mais comum em crianças e adolescentes, que acabam não tendo a autonomia e conhecimento para identificar esse quadro ansioso e acabam dependendo dos pais e responsáveis nessas questões”, explica.

Lauryjane ressalta a importância do acolhimento e orienta sobre como proceder em caso de crises. “É importante não julgar e acolher aquela pessoa que está em crise. Oferecer o apoio, um copo d’água, ajudar com a respiração e afastar a pessoa dos estímulos negativos, levando ela para um ambiente tranquilo pode ajudar. Logo que a situação se estabilizar, procurar a ajuda profissional é essencial”.

A psicóloga explica que durante o acompanhamento profissional é que a gravidade do quadro será determinada. “Quando iniciamos a psicoterapia é que entendemos o grau da ansiedade. O psicólogo ou psicóloga, durante esse acompanhamento, vai indicar se as sessões serão suficientes para a manutenção do quadro ou se existe uma indicação para ir ao psiquiatra e iniciar o tratamento com medicamentos”.

Quando o assunto é ansiedade, ouvir e acolher quem sofre é fundamental, aponta a psicóloga.

É preciso ter esse olhar de atenção e acolhimento, pois a ansiedade causa muito sofrimento. É importante que a pessoa que está sofrendo com essa situação possa falar abertamente e com tranquilidade sobre o assunto”, finalizou.

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