Um estudo recente analisou como o horário do café da manhã e a prática de exercícios leves logo após a refeição podem influenciar os picos de glicose no sangue. A pesquisa, realizada com pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 2, mostrou que adiar a primeira refeição do dia para o meio da manhã ou início da tarde pode trazer benefícios para o controle glicêmico.
Na pesquisa publicada no periódico Diabetes & Metabolic Syndrome: Clinical Research & Reviews, foram investigados os efeitos combinados de diferentes horários de café da manhã e de caminhadas rápidas de 20 minutos realizadas após a refeição na glicemia pós-prandial. A pesquisa, conduzida ao longo de seis semanas, seguiu o método de ensaio clínico controlado e cruzado, com 14 adultos, dos quais 11 completaram todas as etapas e foram incluídos na análise final.
Durante seis semanas, os participantes seguiram três horários diferentes para o café da manhã: cedo (7h), no meio da manhã (9h30) e no início da tarde (12h). Em alguns dias, também realizaram uma caminhada rápida de 20 minutos de 30 a 60 minutos após comer.
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Os resultados mostraram que consumir a refeição mais tarde, às 9h30 ou às 12h, reduziu de forma significativa o aumento da glicose após o café da manhã, quando comparado ao grupo que comeu às 7h.
A caminhada teve um efeito discreto: ajudou levemente a reduzir os picos de glicose nos horários de 7h e 12h, mas não apresentou benefícios quando a refeição foi feita às 9h30. Segundo os pesquisadores, isso indica que o momento do café da manhã pode ter mais impacto no controle da glicemia do que o exercício leve logo depois da refeição, pelo menos no curto prazo.
Para pessoas com diabetes tipo 2, o período da manhã costuma ser marcado pelo chamado “fenômeno do alvorecer”, uma elevação natural da glicose ao acordar, influenciada por hormônios como o cortisol. Ao adiar o café da manhã, esse pico matinal pode ser suavizado, contribuindo para um controle melhor ao longo do dia. Ainda assim, os especialistas alertam que ajustes na rotina alimentar devem ser feitos com acompanhamento médico ou nutricional, levando em conta as necessidades de cada paciente.
