O Brasil é o país que mais realiza cirurgias plásticas no mundo, segundo relatório da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), divulgado durante o Congresso Mundial da entidade. Apenas em 2024, foram realizados mais de 2 milhões de procedimentos cirúrgicos no país, consolidando a liderança brasileira no setor.
Além disso, o Brasil ocupa a segunda colocação global em procedimentos estéticos não cirúrgicos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
De acordo com o levantamento, em todo o mundo foram registrados mais de 17,4 milhões de procedimentos cirúrgicos e 20,5 milhões de procedimentos não cirúrgicos em 2024. O número representa um crescimento de 42,5% nos últimos quatro anos, indicando a expansão contínua da busca por intervenções estéticas.
Cirurgias mais realizadas no Brasil
A lipoaspiração lidera o ranking nacional, correspondendo a 12,3% dos procedimentos cirúrgicos, com 289.766 intervenções realizadas em 2024. Em seguida, aparecem:
Aumento das mamas: 9,9% (232.593 procedimentos)
Cirurgia de pálpebras (blefaroplastia): 9,8% (231.293)
Abdominoplastia: 8,2% (192.961)
Aumento dos glúteos: 7,1% (168.272)
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Os dados reforçam a preferência dos brasileiros por procedimentos corporais, tendência que se mantém ao longo dos últimos anos.
Procedimentos não cirúrgicos
No campo dos procedimentos estéticos não cirúrgicos, foram registradas 3.123.758 intervenções no Brasil. A aplicação de toxina botulínica lidera com folga, representando 45,7% dos casos (351.488 procedimentos). Na sequência, aparecem:
Ácido hialurônico (preenchimento): 22,9% (176.069)
Rejuvenescimento da pele com efeito lifting: 7,9% (60.422)
Laser ablativo completo: 7,1% (54.575)
Depilação: 3,8% (29.237)
Panorama mundial
Globalmente, a cirurgia de pálpebras (blefaroplastia) foi o procedimento cirúrgico mais realizado em 2024, seguida por lipoaspiração, aumento de mama, correção de cicatrizes e rinoplastia.
Entre os procedimentos não cirúrgicos, a liderança ficou com a toxina botulínica, seguida por ácido hialurônico, depilação, lifting facial não cirúrgico e peelings químicos.
Entre as mulheres, a lipoaspiração foi o procedimento mais comum, seguida pela blefaroplastia e pelo aumento das mamas. Já entre os homens, a cirurgia de pálpebras liderou, seguida pela cirurgia de ginecomastia e pela correção de cicatrizes.
Tendências e variações
O relatório aponta que os procedimentos de face e cabeça cresceram em relação a 2023, somando mais de 7,4 milhões de intervenções, um aumento de 4,3%. A cirurgia de pálpebras registrou mais de 2,1 milhões de procedimentos, com crescimento de 13,4%. A rinoplastia, por outro lado, apresentou queda de 10%, enquanto o enxerto de gordura facial cresceu 19,2%.
Em contrapartida, os procedimentos de mama tiveram uma redução de 14,1%, e as cirurgias de corpo e extremidades caíram 14,8% em comparação ao ano anterior.
Nos procedimentos não cirúrgicos, a toxina botulínica manteve-se como a intervenção mais realizada em todas as faixas etárias e entre ambos os sexos, com 7,8 milhões de aplicações no mundo. Já os procedimentos com ácido hialurônico cresceram 5,2%, alcançando 6,3 milhões de intervenções globais.
