O Brasil registra 1,6 milhão de casos prováveis de dengue neste ano e 1,6 mil mortes, número 72% menor em comparação com 2024. (Foto: Paola Carvalho)
O Brasil registra 1,6 milhão de casos prováveis de dengue neste ano e 1,6 mil mortes, número 72% menor em comparação com 2024. (Foto: Paola Carvalho)

O Governo Federal lançou a campanha nacional “Não dê chance para dengue, zika e chikungunya”, com foco em mobilizar gestores e população para fortalecer as ações de prevenção antes do período de maior transmissão. Mesmo com a redução de 75% dos casos de dengue em 2025 frente ao ano passado, o Ministério da Saúde reforça que o país segue em alerta e que a manutenção das estratégias de combate ao Aedes aegypti é essencial.

O Brasil registra 1,6 milhão de casos prováveis de dengue neste ano e 1,6 mil mortes, número 72% menor em comparação com 2024. A maior concentração de casos está em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul. De acordo com o 3º Levantamento Rápido do Índice do Aedes aegypti (LIRAa), 30% dos municípios avaliados estão em situação de alerta para arboviroses.

“Não podemos baixar a guarda. A dengue continua sendo a principal endemia do país e as mudanças climáticas ampliam o risco de transmissão”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Ações previstas e mobilização nacional

Como parte da campanha, o governo realiza o Dia D nacional de combate ao mosquito neste sábado, 8 de novembro, com mutirões e mobilização de profissionais de saúde em todo o país. A iniciativa integra o plano de reforço comunitário para identificar e eliminar criadouros nas residências e espaços públicos.

Investimentos e tecnologias

Para fortalecer o controle vetorial, o Ministério da Saúde vai investir R$ 183,5 milhões no ciclo 2025/2026, com ampliação de tecnologias como:

  • Método Wolbachia — de 12 para 70 municípios, incluindo 13 novas cidades ainda em 2025
  • Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDL)
  • Técnica do inseto estéril
  • Borrifação intradomiciliar com inseticida de longa duração

Em Curitiba (PR), foi inaugurada a maior biofábrica do mundo para produção de mosquitos com Wolbachia, com capacidade semanal de 100 milhões de ovos.

Assistência e vacinação

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A Força Nacional do SUS atua na estruturação de Centros de Hidratação e na distribuição de insumos, incluindo 2,3 milhões de sais de reidratação e 1,3 milhão de testes laboratoriais.
A vacinação segue prioritariamente para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em 2.752 municípios. Mais de 10,3 milhões de doses já foram distribuídas, com previsão de outras 9 milhões até 2026.

A expectativa é que a vacina brasileira do Instituto Butantan receba registro da Anvisa ainda este ano, permitindo produção nacional em larga escala a partir de 2026.

Recomendações à população

O Ministério da Saúde reforça medidas simples para evitar a proliferação do mosquito, como:

  • Manter caixas d’água tampadas
  • Descartar recipientes que acumulem água
  • Limpar calhas e ralos
  • Usar telas e repelentes em áreas de transmissão