Bolsonaro, ex-presidente da República. Foto: Sérgio Lima/Poder360 07.jan2020
Bolsonaro, ex-presidente da República. Foto: Sérgio Lima/Poder360 07.jan2020

O Supremo Tribunal Federal (STF) começa na próxima terça-feira (2) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete aliados acusados de participação em uma trama golpista para tentar reverter o resultado das eleições de 2022. Os réus integram o núcleo central da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Quase dois anos e meio após os atos de 8 de janeiro de 2023, a Corte se prepara para um julgamento considerado histórico. Pela primeira vez desde a redemocratização, um ex-presidente da República e generais do Exército podem ser condenados pela tentativa de golpe de Estado.


Segurança reforçada
Para garantir a tranquilidade das sessões, o STF montou um esquema especial de segurança. Haverá restrição de circulação nos edifícios, varreduras com cães farejadores em busca de explosivos e uso de drones no monitoramento da área.
Além disso, em um procedimento inédito, a Corte abriu credenciamento para interessados em acompanhar o julgamento presencialmente. Foram registradas 3.357 inscrições, entre advogados e cidadãos, mas apenas 1.200 foram aceitas devido à limitação de espaço.
Os credenciados assistirão às sessões em um telão instalado na sala da Segunda Turma. O plenário da Primeira Turma, onde ocorrerá o julgamento, será reservado exclusivamente para advogados dos réus e profissionais de imprensa.


Oito sessões previstas
O cronograma prevê oito sessões de julgamento, com 150 lugares disponibilizados em cada uma. As datas marcadas são: 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.
Nos dias 2, 9 e 12, os trabalhos ocorrerão nos períodos da manhã e da tarde, com intervalo para almoço. Já nos dias 3 e 10, as sessões serão realizadas apenas no turno da manhã.
Apesar da gravidade das acusações, uma eventual prisão dos réus em caso de condenação não será automática.