POLÍTICA

STF forma maioria para tornar Carla Zambelli ré por porte ilegal de arma de fogo

Acusação refere-se ao incidente às vésperas do segundo turno das eleições de 2022, em que a deputada perseguiu um homem com uma arma nas mãos em São Paulo.

STF forma maioria para tornar Carla Zambelli ré por porte ilegal de arma de fogo STF forma maioria para tornar Carla Zambelli ré por porte ilegal de arma de fogo STF forma maioria para tornar Carla Zambelli ré por porte ilegal de arma de fogo STF forma maioria para tornar Carla Zambelli ré por porte ilegal de arma de fogo
 Foto: EBC
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O Supremo Tribunal Federal (STF), em sua sessão virtual realizada na última sexta-feira (18), consolidou maioria para transformar Carla Zambelli (PL-SP), deputada federal, em ré. A acusação refere-se ao incidente ocorrido às vésperas do segundo turno das eleições de 2022, em que a deputada perseguiu um homem com uma arma nas mãos em São Paulo.

Os ministros que votaram favoravelmente à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) incluem Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Edson Fachin e Roberto Barroso. No entanto, André Mendonça, em divergência, argumentou que a situação não estaria sob a jurisdição do STF, mas sim da Justiça de primeira instância, pois a ação não tem ligação direta com o exercício do cargo de Zambelli.

O voto de Gilmar Mendes salientou que, ainda que Zambelli possua porte de arma, “o uso fora dos limites da defesa pessoal, em contexto público e ostensivo, ainda mais às vésperas das eleições, em tese, pode significar responsabilidade penal”. Caso a denúncia seja integralmente aceita, a deputada poderá enfrentar um processo penal.

A PGR, representada pela vice-procuradora-geral Lindôra Maria Araujo, argumentou que a deputada usou a arma de maneira inapropriada, agindo “fora dos limites da autorização de defesa pessoal”. Ainda foi destacado o constrangimento sofrido por Luan Araújo, que teria sido ameaçado por Zambelli durante o episódio. A procuradoria também requer a aplicação de uma multa de R$ 100 mil à deputada por danos morais coletivos, bem como o cancelamento definitivo de seu porte de arma.

Respondendo às acusações, a defesa de Zambelli afirmou que ela apenas reagiu a uma ameaça sofrida durante um almoço com seu filho. Em nota, o advogado Daniel Bialski explicou que, na ocasião, Zambelli foi “xingada, ofendida, vilipendiada, afrontada e ameaçada por terceira pessoa” e agiu no “exercício regular de seu Direito”, ressaltando ainda que a deputada tinha o porte de arma devido a ameaças prévias à sua integridade e de seu filho.

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