PASSARALHO

Sindicato pede para MP recuar sobre sugestão para demitir empregados da Cerr

Medida pode atingir até 261 trabalhadores com funções desnecessárias para o processo de extinção da empresa pública

Sindicato pede para MP recuar sobre sugestão para demitir empregados da Cerr Sindicato pede para MP recuar sobre sugestão para demitir empregados da Cerr Sindicato pede para MP recuar sobre sugestão para demitir empregados da Cerr Sindicato pede para MP recuar sobre sugestão para demitir empregados da Cerr
Companhia Energética de Roraima (Foto: Arquivo FolhaBV)
Companhia Energética de Roraima (Foto: Arquivo FolhaBV)

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas (STIURR) sugeriu para o Ministério Público (MPRR) cancelar a recomendação em que sugere, em até dez dias, demissão em massa na Companhia Energética de Roraima (Cerr).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE



Essa medida, então, pode atingir até 261 trabalhadores com funções desnecessárias para o processo de extinção da empresa pública, que termina em 30 de junho.

A companhia confirmou que vai atender a recomendação – que o sindicato considera ilegal.

Em manifestação ao MP, o STIURR sugere alternativas como sugestão para a Cerr estipular data para regularizar completamente o recolhimento de verbas trabalhistas e previdenciárias.

Ademais, o sindicato pede que a nova recomendação contemple o pagamento integral de direitos trabalhistas, como rescisões, seguro-desemprego e FGTS.

O STIURR ainda pede para enviar o caso para o Ministério Público do Trabalho (MPT), por entender ser esta a esfera competente para tratar de direitos trabalhistas.

Ao defender os trabalhadores, o sindicato cita o exemplo da Companhia Energética do Amapá. Lá, celetistas foram enquadrados como estatutários do Estado.

“Em Roraima, tal circunstância não foi sequer cogitada”, lamentou.

Em Roraima, segundo o STIURR, o Governo inseriu ao menos 82 trabalhadores da Cerr no quadro de extinção.

Assim, eles foram para sociedades de economia mista como Caer (Companhia de Águas e Esgotos de Roraima) e Codesaima (Companhia de Desenvolvimento de Roraima), e setores como Posto Fiscal da vila Jundiá, Hospital Geral de Roraima (HGR) e Hemoraima.

Para o sindicato, os profissionais podem, então, ainda ser aproveitados em vários outros setores onde a energia pode não ter solução de continuidade.

“É um quadro funcional experiente, estratégico e maduro no desempenho de suas funções, que está e pode ser mais bem aproveitado nas atividades do Estado de Roraima sem que haja a alteração da natureza jurídica do seu vínculo funcional, uma vez que todos eles foram aprovados mediante concurso público, e por isso mesmo merecem ser valorizados, portanto, há uma regularidade, legalidade e constitucionalidade na manutenção dos empregados públicos do quadro em extinção”, disse o STIURR ao MP.

Protesto de trabalhadores da Cerr

Funcionários da Cerr protestam contra demissão em frente ao Governo (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Enquanto isso, centenas de empregados mantêm um acampamento em frente ao Palácio Senador Hélio Campos para cobrar o enquadramento permanente na folha salarial do Governo.

A Cerr

A Cerr foi criada em 1969 para fornecer energia elétrica para Roraima. Até o fim de sua concessão, há oito anos, a empresa pública abastecia apenas o interior do Estado.

Na ocasião, essas operações passaram para a então Eletrobras Roraima e, em 2018, para a Roraima Energia.

Perfil Lucas Luckezie
Lucas Luckezie

Jornalista

Formado pela UFRR. Iniciou a carreira em 2013 na Folha, onde está em sua 2ª passagem. Já trabalhou na Câmara de Boa Vista e na afiliada da TV Globo (Rede Amazônica), além de ter colaborado com SporTV, Globo e CNN Brasil. Tem experiência multimídia como repórter, apresentador, editor-chefe e assessor.

Formado pela UFRR. Iniciou a carreira em 2013 na Folha, onde está em sua 2ª passagem. Já trabalhou na Câmara de Boa Vista e na afiliada da TV Globo (Rede Amazônica), além de ter colaborado com SporTV, Globo e CNN Brasil. Tem experiência multimídia como repórter, apresentador, editor-chefe e assessor.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.