CÂMARA MUNICIPAL

Servidores municipais de saúde fazem protesto contra veto de reajuste salarial

Servidores municipais de saúde fazem protesto contra veto de reajuste salarial Servidores municipais de saúde fazem protesto contra veto de reajuste salarial Servidores municipais de saúde fazem protesto contra veto de reajuste salarial Servidores municipais de saúde fazem protesto contra veto de reajuste salarial
Servidores manifestaram na Câmara Municipal (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Servidores manifestaram na Câmara Municipal (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Durante a votação de uma Mensagem de Veto do prefeito de Boa Vista para o projeto de lei que reajusta os salários dos servidores municipais, trabalhadores da saúde municipal que acompanhavam a sessão da Câmara Municipal, realizaram um protesto contra a ação do legislativo municipal. O veto foi mantido por dez votos a favor e dez votos contra.

O veto foi parcial para os artigos 5º e 6º, que exigem o cálculo e pagamento das perdas salariais retroativas a partir da publicação do Projeto de Lei 001 de 25 de fevereiro de 2025 e também pede um estudo técnico e de viabilidade econômica que garanta a capacidade financeira do município em cumprir com o pagamento dos reajustes aos servidores.

Como representante do Poder Executivo na Câmara, o vereador Bruno Pérez (MDB) justificou que o veto aos artigos ocorreu devido a inconstitucionalidade dos pedidos, pois não no texto não está esclarecido o período de reajuste e nem um impacto com data definida para o estudo técnico.

”Sobre esses reajustes, o STF [Supremo Tribunal Federal] tem decidido que não basta ter uma data base, tem que ter uma lei específica para isso. Então a gente foi atrás, verificou que, por exemplo, o PCCR de 2023/24 todos os vencimentos foram reajustados acima da inflação. Não tem como a gente falar em perda inflacionária nessa questão, então a recomendação é de que mantenha o veto por se tratar de uma decisão específica do prefeito”, justificou o vereador em plenário.

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A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais da Saúde (Simtras), Marcely Carvalho, explicou que já havia um comum acordo entre os vereadores de que o veto seria derrubado, mas após a manutenção do texto os vereadores descumpriram a promessa feita aos servidores.

”A emenda trazia um estudo de viabilidade financeira pro restante da revisão geral. Isso é muito importante porque a gente perde poder de compra quando não acontece a revisão geral anual, que foi acumulada durante dois anos. Ai o prefeito queria colocar apenas 6%. A outra tratava apenas do retroativo, que já está previsto em lei. Então era para manter o veto, mas infelizmente a maioria dos vereadores dessa casa comprovaram que não tem palavra”, explicou Marcely, revoltada.

A proposta de reajuste do Poder Executivo é de 6,1% no salário dos servidores, que pedem a viabilização de acordo com o índice de inflação, que aponta o reajuste de 9,48%.

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