O senador Dr. Hiran (Progressistas) lamentou nesta sexta-feira (12) a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de condenar à prisão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados por liderar a suposta tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.
“Estamos muito tristes, principalmente, porque a gente sente que há muitas controvérsias neste julgamento, do ponto de vista jurídico. Inclusive se abriu uma divergência profunda de entendimento de ministros do Supremo, se a gente considerar toda consciência do voto do ministro [Luiz] Fux”, avaliou em entrevista por telefone ao programa Quem é Quem, da Folha FM.
Neste contexto, segundo o parlamentar, o Congresso irá trabalhar na construção de um texto para anistiar os condenados para “pacificar” o País. Para ele, o perdão é o único “remédio” capaz de “cicatrizar feridas” e resolver “crises profundas” na história.
“Precisamos esquecer nossas diferenças e dar mais ênfase àquilo que é importante para o País, que é desenvolvimento, gerar emprego e bem-estar para as pessoas, restaurar todas as relações com as nossas nações amigas e importantes que adquirem nossos produtos e fornecem para o nosso Brasil”, disse o coordenador da bancada federal de Roraima.
Por fim, Dr. Hiran disse acreditar que o vandalismo ocorrido em 8 de janeiro de 2023 não foi uma tentativa de golpe de Estado, mas uma “baderna”.
“Golpe de Estado, eu que vivi, lembro de 64, lembro de como foi o golpe. Se as pessoas tiverem pouco tempo pra ler, vão ver que golpe de Estado não se dá com pessoas pintando ou passando batom, pessoas armadas, pessoas idosas. Pessoas que fizeram baderna – que a gente também não concorda – já foram punidas porque estão presas desde 2023, mas nós precisamos construir um texto adequado para aprovar essa anistia e pacificar o nosso País”, concluiu.