Política

Senador de RR integra comissão para acompanhar Caso Bruno e Dom Phillips

Telmário Mota foi indicado pela Comissão do Meio Ambiente, mesmo sendo autor de projetos para reduzir a fiscalização ambiental na Amazônia

A comissão externa do Senado criada para acompanhar o caso do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Philips, mortos na Amazônia, definiu oito dos nove parlamentares que vão fazer uma inspeção na região. 

Um dos que devem integrar o colegiado é o senador roraimense Telmário Mota (PROS-RR), defensor do garimpo e autor de projetos para desarmar agentes do Ibama e proibir a destruição de maquinários apreendidos com suspeitos de exploração ilegal.

A criação da comissão externa temporária foi aprovada a pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Ela será formada por três integrantes da Comissão de Direitos Humanos (CDH), mesmo número de indicados pela comissão do Meio Ambiente (CMA) e de Constituição e Justiça (CCJ).

Além do desaparecimento de Pereira e Philips, a comissão pretende investigar o aumento de casos de violência na Amazônia e a omissão na proteção de ativistas ambientais. 

Telmário já se posicionou abertamente a favor do garimpo e é autor de dois projetos de lei que tentam enfraquecer órgãos e ações de comando e controle ambiental.

Em 2021, o senador apresentou um projeto de lei para dar fim ao porte de armas para agentes do Ibama que atuem em campo no combate a crimes ambientais. Esse direito é previsto na Lei de Proteção à Fauna.

Outro projeto do senador tentou proibir que maquinários, veículos e demais instrumentos usados na exploração ilegal sejam destruídos pelos órgãos de controle. A destruição desses objetos, como tratores e motosserras é prevista na legislação para causar prejuízo material a quem comete esses crimes ambientais.

Com informações de O Globo