PolĂ­tica

PL prevĂȘ que obras em Terras IndĂ­genas utilizem material do local

Por esbarrar em exigĂȘncia jurĂ­dica de extração de areia ou pedra a 200 Km de distĂąncia do que serĂĄ executado, a proposta entende que seria viĂĄvel que as obras de pequeno porte em comunidades seja permitido a retirada das jazidas

O Projeto de Lei nº 848/2023, apresentado na Câmara dos Deputados, prevê uma alteração na Lei nº 6.001, de 19 de dezembro de 1973, do Estatuto do Índio. A ementa é voltada para a possibilidade de extração de areia e de pedra em Terra Indígena (TI) quando utilizada, sem fins comerciais, para a realização de obras que atendam a própria comunidade.

Conforme o documento, como a Constituição não veda a utilização da terra indígena para a garantia da assistência aos próprios indígenas, em benefício deles e sem fins comerciais, seria viável que obras de pequeno porte em comunidades ou dentro de TI sejam executadas com as jazidas de areia e pedra do próprio local. Com isso, estradas, escolas, Unidades Básicas de Saúde (UBS) e outras centros possam ser recuperados de forma mais econômica para o poder público, pois não precisaria extrair o material a 200 Km de distância do que seria reformado dentro da comunidade.

“Estabelecer para extração de areia e de pedra em benefício da própria comunidade as mesmas restrições que se faz à mineração de larga escala, é uma medida irracional que prejudica os próprios indígenas e até o meio ambiente, pois é considerável o impacto ambiental do transporte de materiais por centenas de quilômetro e o custo desse transporte inviabiliza as obras que irão servir a própria a comunidade”, disse o responsável pelo PL, o deputado federal Defensor Stélio Dener (Republicanos).

Em texto divulgado à impressa, Dener reforçou que é contra a mineração ilegal e que a proposta é de atualização do Estatuto do Índio, priorizando o interesse dos indígenas, bem como em respeito à legislação ambiental. O documento, que está em tramitação na casa legislativa, pode ser acessado no site da Câmara dos Deputados.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.