O presidente da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais, Antonio Guedes Rangel Junior, está em Boa Vista, para acompanhar as eleições para reitor e vice-reitor da Universidade Estadual de Roraima (UERR), que acontecem durante toda a sexta-feira (29), nos campi da Instituição.
A Associação, que tem 46 universidades associadas em 22 estados, vem denunciando a quebra de preceitos democráticos e iniciativas de intervenção em Instituições de Ensino Superior, como as ocorridas na Universidade Estadual de Goiás (UEG), no início do ano, e na UERR, no final de outubro, em meio ao processo sucessório.
Sobre a intervenção na UERR o presidente da entidade, em entrevista à Folha, afirmou que veio para acompanhar o processo eleitoral como observador. “Soubemos do processo de intervenção que ocorreu na UERR e acompanhamos com bastante preocupação, pois naturalmente qualquer processo de intervenção é um processo abrupto. Entendemos que as universidades brasileiras, mesmos as mais jovens, com menos tradição do ponto de vista de sua institucionalidade, precisam construir processos democráticos de escolhas de seus dirigentes. Quando acompanhamos o processo de intervenção, da maneira como foi feito, entendemos que era uma afronta, uma agressão a princípios democráticos fundamentais.” disse Rangel Junior.
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Ele explicou que após tomar conhecimento do caso, a associação achou por bem indicar que um grupo de reitores pudesse acompanhar o processo.
“Eu recebi essa delegação para acompanhar o processo pra que eu possa levar ao conjunto de reitores uma visão da Universidade, uma visão do processo eleitoral, e orientar a todos no sentido de uma tomada de posicionamento político, caso se mostre necessário. A minha vinda aqui não é pra defender o reitor ou outra chapa, se tivesse. É para preservar princípios institucionais em defesa de um processo democrático na universidade. É levar ao conjunto de reitores uma opinião, uma leitura sobre o quadro que a universidade enfrenta”, concluiu.
