Política

MPRR requer continuidade do concurso

Após juiz decidir que manutenção ou cancelamento caberia ao Estado, governador cancelou  concurso e Ministério Publicou interpôs um agravo de instrumento sobre decisão do TJ

MPRR requer continuidade do concurso MPRR requer continuidade do concurso MPRR requer continuidade do concurso MPRR requer continuidade do concurso

FABRÍCIO ARAÚJO

Colaborador da Folha

A saga do concurso público da Polícia Civil ainda não chegou ao fim. Após o cancelamento ser anunciado no Diário Oficial de quarta-feira, 13, o Ministério Público de Roraima (MPRR) interpôs um agravo de instrumento na tarde de ontem pedindo a suspensão  da decisão tomada pelo juiz da 2a Vara da Fazenda Luiz Alberto de Morais Junior, que deixou a cargo do governo escolher entre manter, suspender ou cancelar o certame.

Em uma primeira decisão do juiz foi determinada a manutenção, mas após a Procuradoria- Geral do Estado (Proge) recorrer da decisão, com a justificativa de que não era possível manter o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado pelo Executivo e MPRR, “porque o momento econômico atual é muito diferente de 2015”, o juiz Morais Junior reconsiderou sua primeira determinação, o que levou o governo a optar pelo cancelamento.

“O Ministério Público Estadual vem desde meados de 2017 trabalhando para obrigar o Estado a realizar um concurso para repor o efetivo da Polícia Civil de Roraima”, destaca o documento.

O texto apresentando pelo MPRR aponta ainda que o último concurso para o efetivo da instituição ocorreu há 16 anos, em 2003, e que a situação é alarmante, pois, desde então, a população do Estado cresceu exponencialmente, acompanhado com o “sensível aumento da criminalidade que assombra toda a sociedade deste Estado”.

A assessoria do MPRR informou também que no edital de abertura do concurso público verifica-se que o prazo de validade é de dois anos, prorrogável por mais dois anos a contar da data da homologação do resultado final do curso de formação, portanto, são pelo menos quatro anos para a possibilidade de nomeação dos aprovados.

No dia 4 de fevereiro, a Promotoria de Justiça de Execução Penal e Controle da Atividade Policial  protocolou pedido em decorrência do anúncio do governo do Estado de cancelar concursos públicos em andamento, entre eles, o da Polícia Civil. A medida adotada pelo MPRR foi motivada em razão de execução de acordo firmado entre o Estado e o MPRR, o qual estava em fase de cumprimento.

Por meio de nota, a assessoria do TJRR informou que o agravo de instrumento foi distribuído por sistema de sorteio para a desembargadora Elaine Bianchi, agora relatora da matéria. A magistrada tem prazo mínimo de cinco dias para emitir decisão.

Procurado, o governo do Estado não se pronunciou até a conclusão da matéria.

INVESTIMENTOS – As provas objetiva e discursiva para o concurso deveriam ser aplicadas neste fim de semana, após terem sido adiadas em dezembro do ano passado. A Fundação Vunesp chegou a publicar o edital de convocação com os locais e horários dos exames na manhã de quarta-feira, 13.

Durante todo o dia de ontem, a Folha recebeu diversas ligações de pessoas de outros Estados pedindo informações sobre a manutenção ou cancelamento do concurso. Grande parte dos relatos era de pessoas que já haviam investido dinheiro em passagens e hospedagem para poderem participar da prova. (F.A)

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.