Política

Ministério propõe grupo de trabalho para transição da Cerr para Eletrobras

Estatal energética deverá ser incorporada pelo Governo Federal em 1º de janeiro e o grupo tem prazo de 15 dias para concluir os trabalhos

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Grupo de trabalho envolvendo o Ministério das Minas e Energia, Governo de Roraima e a Companhia Elétrica de Roraima (Cerr) começa a trabalhar na próxima terça-feira, 06, em plano de transição para a empresa roraimense que será incorporada pela Eletrobras. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 1º, pelo ministro Fernando Coelho Filho à bancada federal de Roraima, que reivindica uma solução para os problemas energéticos do Estado e para os cerca de 700 trabalhadores da Cerr. O grupo tem prazo de 15 dias para concluir os trabalhos.

A senadora Ângela Portela (PT-RR) disse ao ministro que Roraima, único Estado não interligado com o sistema elétrico nacional, tem particularidades que devem ser levadas em consideração nesse processo. “A segurança energética é uma responsabilidade do Governo Federal e a população de Roraima não pode continuar sendo prejudicada. São apagões constantes na Capital e no interior que levam a população ao desespero. Queremos soluções objetivas para esse problema”, disse.

Também presente no encontro, o senador Telmário Mota (PDTR) lembrou que a insegurança energética do Estado dificulta o desenvolvimento e a geração de empregos. “Pelo menos 700 famílias podem ser afetadas pela privatização da CERR. Isso é muito grave, principalmente em um Estado como o nosso, que não possui indústria e os investimentos não chegam, em grande parte pela dificuldade com a questão energética. A quem interessa privatizar a CERR”, afirmou.

Também participaram da reunião, além dos deputados e senadores de Roraima, o presidente da CERR, Augusto Iglesias, o procurador do Estado, Marcelo Mendes, o representante do Sindicato dos Urbanitários, João Raimundo da Silva, o secretário da Secretaria do Índio, Dilson Ingaricó, e o diretor de Políticas Indígenas de Roraima, Alfredo Bernardo.
A intenção do governo é transferir a responsabilidade pela prestação do serviço público de distribuição de energia elétrica no interior do Estado, para a Boa Vista Energia S.A., mas os marcos da regulamentação do processo de transição ainda estão sendo definidos.

“Mais uma vez a bancada de deputados federais, unida, mostrando sensibilidade e compromisso com o povo de Roraima, vem até o Ministério das Minas e Energia mostrar que nós precisamos dar segurança aos funcionários que trabalham na Cerr, à população dos 14 municípios de Roraima e também às cerca de 33 mil pessoas que compõem as 380 comunidades indígenas atendi¬das pela distribuição de ener¬gia da Cerr”, afirmou o depu¬tado Hiran Gonçalves (PP).

Para o presidente da Cerr, Augusto Iglesias, a reunião foi bastante proveitosa, pois se conseguiu dar um rumo para as ações, tendo em vista que tudo será encaminhado pelo grupo de trabalho constituído. “Foi uma reunião excelente e que contou com a presença em peso da banca¬da do estado de Roraima”, comemo¬rou. Na avaliação de Iglesias, o ministro foi sensível em buscar uma solução defi¬nitiva que atenda ao Estado e aos servidores da Cerr, e para que a decisão não seja tão impactante como está sendo”.

O ministro Fernando Coelho Filho disse que é de interesse do Governo Federal privatizar as distribuidoras porque elas estão causando um prejuízo de R$ 13 bilhões ao País. “Estamos preparando um leilão especial para Roraima, prevendo o atendimento às comunidades mais distantes com energia solar e termelétricas. Essa privatização vai acontecer e não haverá prorrogação da data da concessão, que termina dia 1º de janeiro”, disse.

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