Política

Mecias defende votação do orçamento de 2019 para próximo ano

Mecias defende votação do orçamento de 2019 para próximo ano Mecias defende votação do orçamento de 2019 para próximo ano Mecias defende votação do orçamento de 2019 para próximo ano Mecias defende votação do orçamento de 2019 para próximo ano

Leo Daubermann

Editoria de Cidades

Considerada uma das leis mais importantes para o estado, a LOA (Lei Orçamentária Anual) que fixa despesas e estima receitas para o próximo ano, já está em andamento na Comissão de Orçamento, Fiscalização Financeira, Tributação e Controle, da Assembleia Legislativa de Roraima e, a princípio, deve ser aprovada até o final deste mês.

Mas, em entrevista ao programa Agenda da Semana desse domingo, 2, na Rádio Folha FM 100.3, o deputado estadual Mecias de Jesus (PRB), eleito senador nas últimas eleições, defendeu o adiamento da votação do orçamento para o próximo ano.

“Tenho defendido que a Assembleia Legislativa não vote este ano o projeto encaminhado pelo atual governo e que vai vigorar em 2019. A Lei Orçamentária Anual vai nortear a próxima gestão e defendo que ela [LOA] deve ser votada no próximo ano, quando o governador Antonio Denarium [PSL] e sua equipe assumirem. Que eles possam analisar essa lei e fazer algumas modificações, já ajustando para as ações que serão implementadas no próximo governo”, disse o parlamentar.

De acordo com o parlamentar, o governador eleito vai precisar adequar a Loa à reforma administrativa que pretende fazer. “Ele [Antonio Denarium] vai fazer uma reforma administrativa, no meu entendimento bem ampla, vai reduzir secretarias, cargos comissionados, o momento do estado é muito sério, todos nós temos que entender que há essa necessidade, vai ter que se cortar na própria carne e o governador está disposto a isso, a equipe que ele está montando está ciente disso e não tenho dúvida que haverá uma recuperação do estado”, falou.

Falência – O parlamentar lamentou a atual situação econômica do estado e lembrou que vinha alertando, já há algum tempo, a respeito do momento difícil que estava por vir. “Se você buscar aqui as entrevistas que concedi há um ano, já falava dessa dificuldade que o estado passava e dizia que, se não tomassem cuidado o estado ia chegar na posição que Alagoas e Acre já viveram e que o Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro estão vivendo. Se só aumentar as despesas e não aumentar a arrecadação, vai entrar num processo de falência, como está acontecendo agora”, destacou.

Para Mecias, o governador Antonio Denarium tem que estar disposto a fazer mudanças e alinhado com toda a equipe técnica. “Espero que o governador realmente ouça pessoas que tenham experiência e vivência, porque não dá mais para governar o estado somente com teoria, ou com pessoas que chegam no governo e já acham que são importantes, que contribuíram com a eleição, ou que conhecem o estado, as finanças, conhecem o sistema administrativo, financeiro e fiscal. Não é bem assim”, ressaltou.

Senado – Mecias de Jesus foi deputado estadual por seis legislaturas e como senador da República, pretende, segundo ele, “ajudar o país, orientando o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), fazendo pronunciamentos e trazendo recursos para Roraima, para fazer a melhoria de vida das pessoas”.

Linhão de Tucuruí – Nessa terça-feira, 4, Mecias de Jesus vai se reunir em Brasília com o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RR). Na pauta, a questão energética e a corrente que fecha a rodovia BR 174, na entrada da reserva indígena Waimiri-Atroari, entre Roraima e Amazonas.

“Quero colocar o ministro Lorenzoni a par da realidade de nosso estado, falar sobre a questão da energia, nós temos esse problema seríssimo, que não é preciso nem repetir. Nós precisamos encontrar uma solução imediata, urgente, para iniciar a reconstrução do Linhão de Tucuruí, de Manaus para Roraima. E também precisamos tratar da questão da corrente, que precisa ser removida, mas antes precisamos encontrar uma solução para proteger os animais que trafegam na estrada”, disse o parlamentar.

O parlamentar destacou que é preciso conversar com os povos indígenas, conseguir um acordo comum, mas é preciso deixar claro que a faixa da BR é de domínio público e de controle da União. “Creio não haverá problemas para iniciarmos a construção do Linhão de Tucuruí, nós somos o único estado do Brasil que não é interligado com o Sistema Interligado Nacional [SIN], não podemos mais viver excluídos. Até hoje não foi resolvida essa questão por falta de vontade política”, ressaltou.

Garimpo – O deputado disse que participou de um seminário, na semana passada, na capital federal, com todos os novos senadores eleitos, e durante o encontro foi debatido a questão do garimpo em Roraima. “Conversei com mais de 30 senadores eleitos, e a preocupação de todos eles, era com a questão da imigração venezuelana e a questão do minério roraimense. Todos queriam saber o que poderia ser feito para Roraima produzir riquezas para o Brasil e para o estado, consequentemente”, falou.

De acordo com Mecias, a ideia que os parlamentares faziam era de que só haveria áreas de minérios em terras indígenas. “Isso não é verdade, nós temos minérios em terras indígenas, mas existem áreas de garimpos para serem legalizadas aqui em Roraima, fora das demarcações indígenas e que vai produzir muita riqueza para o estado, que vai gerar emprego e renda, e gerar divisas para o Brasil. E pode ter certeza, nós vamos lutar para que isso aconteça”, completou.

Enquadramento – Durante a entrevista ao programa Agenda da Semana desse domingo, Mecias também comentou a respeito do enquadramento dos servidores do ex-Território de Roraima. “Estive agora em Brasília, junto com o deputado federal Jhonatan [de Jesus-PRB] e nós fomos na Comissão Especial que cuida do enquadramento dos servidores dos ex-Territórios Federais de Roraima, Amapá e Rondônia. Fomos buscar informações e tentar agilizar o processo para que mais pessoas possam ser enquadradas”, disse.

De acordo com o parlamentar, entre as informações coletadas, um dado chamou a atenção. “Roraima até hoje teve 1.613 pedidos deferidos, Rondônia teve 7.310 pedidos deferidos e Amapá 3.758, uma disparidade desproporcional. Qual a explicação que nós temos para esses dados, já que nós temos o senador mais importante do Brasil, líder do governo e o cara que indicou o ministro do Planejamento e que, inclusive ele, já foi ministro do Planejamento?”, indagou.

O deputado estadual destacou que ainda há vários pedidos a serem analisados e que está trabalhando junto à Comissão Especial para que mais duas mil pessoas possam ser enquadradas, num prazo máximo de seis meses. “Já estamos em contato com o secretário executivo do Planejamento, do atual governo, que é servidor concursado do Ministério de Planejamento e estamos analisando em conjunto essa questão”, finalizou.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.