Política

Líder da oposição recebia propina da Odebrecht, investiga MP

Em 15 de fevereiro, a Justiça congelou contas bancárias e ativos da Odebrecht na Venezuela

Um dos principais líderes da oposição na Venezuela, Henrique Capriles foi denunciado ao Ministério Público daquele país sob suspeita de ter movimentado US$ 3 milhões em propinas da empreiteira brasileira Odebrecht. Uma vez confirmada a denúncia, poderá ser preso a qualquer momento.

O suspeito foi recebido em Brasília, de forma efusiva no início deste ano, por um grupo de senadores. Entre eles o candidato derrotado em 2014 ao Palácio do Planalto Aécio Neves (PSDB-MG). O tucano também é citado nas delações premiadas do grupo empresarial, que o registrou sob o codinome ‘Mineirinho’.

— Estamos pedindo que a Procuradoria ordene uma medida cautelar para alienar e onerar os bens que sejam propriedade do sr. Capriles, provenientes do delito, e que seja declarada medida privativa de liberdade — afirmou o político chavista Luis Tellerías. Tellerías apresentou a denúncia em nome da ONG Frente Anticorrupção, da qual é presidente.

Em 15 de fevereiro, a Procuradoria informou que a Justiça venezuelana congelou as contas bancárias e os ativos da Odebrecht no país, depois do escândalo de propinas da empreiteira envolvendo funcionários do governo em vários países da América Latina.

Odebrecht na Venezuela – Capriles, que governa Miranda desde novembro de 2008, nega irregularidades. Ele tenta escapar. Assegura que as contratações com a Odebrecht foram feitas durante a gestão de Diosdado Cabello (2004-2008), hoje deputado e um dos líderes do chavismo.

Em janeiro, o Ministério Público anunciou que solicitou à Interpol uma ordem de captura contra uma pessoa, que não foi identificada.
Sem mencionar o nome de Capriles, o presidente Nicolás Maduro disse que “há um governador envolvido” que poderia ir preso.

— Já no Brasil é feita uma investigação. E foi ordenado a um banco suíço que entregue os movimentos sobre os depósitos da Odebrecht a Capriles — afirmou Tellerías.

Há duas semanas, o governo venezuelano prendeu dois jornalistas brasileiros que investigavam denúncias de propina da Odebrecht no país. Eles foram liberados um dia depois.

Com informações do Correio do Brasil

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