Política

Lei que proíbe ‘ficha suja’ de ocupar cargos em comissão pode ser votada

Lei que proíbe ‘ficha suja’ de ocupar cargos em comissão pode ser votada Lei que proíbe ‘ficha suja’ de ocupar cargos em comissão pode ser votada Lei que proíbe ‘ficha suja’ de ocupar cargos em comissão pode ser votada Lei que proíbe ‘ficha suja’ de ocupar cargos em comissão pode ser votada

Uma votação acirrada no Plenário da Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV) derrubou o parecer contrário da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ao Projeto de Lei 127/2017, de autoria do vereador Linoberg Almeida (Rede), que prevê ajustes na regulamentação da já existente Lei da Ficha Limpa, impedindo a nomeação de servidores municipais condenados por práticas que configurem hipóteses de inelegibilidade, conforme a legislação eleitoral.

Foram 10 votos favoráveis para que o projeto continue tramitando na Casa contra 9. Durante a sessão, os parlamentares Ítalo Otávio, Renato Queiroz e Zélio Mota, membros da CCJ, afirmaram que acataram o parecer da Procuradoria da Casa, que verificou vício de iniciativa, o que tornaria a lei inconstitucional, pois entendeu que a competência para criar regras para contratação e nomeação de pessoas comissionadas seria da chefe do Poder do Executivo.

“Não estou aqui para barrar projeto de vereador de qualquer lado. Estou aqui para aplicar a lei. Respeito a Procuradoria desta Casa, que estudou e se aprofundou, viu se é constitucional e se a lei já é aplicada em outros municípios”, disse o vereador Ítalo Otávio (PR), presidente da CLJRF.

O vereador Linoberg afirmou que não está criando leis e sim regulamentando as condições para ocupar os cargos de confiança tanto do Executivo quanto do Legislativo, e que inclusive já existe jurisprudência favorável sobre o assunto pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O parlamentar afirmou que existe a Lei nº 1.624/ 2015, do então vereador Sandro Baré, que institui a Ficha Limpa Municipal na nomeação de servidores a cargos comissionados. Se a prefeitura não entrou com uma Ação de Inconstitucionalidade (ADI) na época e a lei está vigente, ele acredita que não há o menor problema com o projeto de lei dele.

“Os requisitos para provimento de cargos são do Executivo, mas cabe ao vereador assegurar condições para isso. Melhorar uma lei é função de vereador, afinal, não é razoável ‘fichas sujas’ ocuparem cargos em comissão ou funções gratificadas. Também é papel de vereador ser a voz das pessoas que pedem por moralidade na política e no serviço público”, frisou.

O plenário rejeitou os pareceres contrários aos projetos de Linoberg e Rômulo. Com a rejeição, a proposição segue em tramitação nas comissões permanentes da Casa. Se obtiverem pareceres favoráveis dos colegiados, os projetos vão para a apreciação do plenário.

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