Política

Governo retira projetos de Reforma Administrativa que tramitavam na ALE

Documento pedindo a retirada dos seis projetos foi lido na sessão da quarta-feira, dia 5

Governo retira projetos de Reforma Administrativa que tramitavam na ALE Governo retira projetos de Reforma Administrativa que tramitavam na ALE Governo retira projetos de Reforma Administrativa que tramitavam na ALE Governo retira projetos de Reforma Administrativa que tramitavam na ALE

Os seis projetos que tinham como foco a chamada Reforma Administrativa, anunciada pela governadora de Roraima Suely Campos (PP) no início de janeiro, foram retirados de tramitação da Assembleia Legislativa de Roraima nesta semana. O requerimento pedindo a retirada das propostas foi assinado pelo líder do Governo, deputado Brito Bezerra (PP), e lido na sessão de quarta-feira, dia 5.

Pouco antes do anúncio da retirada do Projeto que trata da extinção da Secretaria Estadual de Relações Institucionais, os deputados da base governista se retiraram do plenário. O deputado Joaquim Ruiz (PTN) questionou a manobra e, em tom de ironia, pediu que os parlamentares votassem pela não extinção. “Essa é a Secretaria mais importante do Governo”, disse.

Outro órgão a ser extinto seria a Universidade Virtual de Roraima (Univirr), que passaria a funcionar sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Educação, sob a denominação de Centro de Educação à Distância de Roraima. Por outro lado, um dos projetos criava a Secretaria das Cidades, que assumiria as funções da Secretaria Estadual de Articulação Municipal e Política Urbana.

À Folha, Ruiz explicou o comentário e disse que a pasta “não faz sentido”. “Não existia uma reforma. Extinguia a Univirr mandando pra Educação, quando poderia ir para a UERR (Universidade Estadual de Roraima). Não justifica”, apontou.

A legislação vigente reza que após um projeto ser retirado de tramitação tem prazo de, pelo menos, um ano para voltar a ser analisado.

OUTRO LADO – Em nota oficial enviada para a Folha, o deputado estadual Brito Bezerra (PP), líder do Governo na Assembleia Legislativa, informou que o Governo de Roraima retirou os seis projetos para que pudessem ser reavaliados, rediscutidos, com toda a equipe de governo e da base política na ALE-RR e que os projetos serão reapresentados de forma a contemplar as novas demandas.

“Lembramos que os projetos estiveram na ALE-RR desde o início do ano, em regime de urgência, e não foram deliberados. Portanto, as expectativas mudaram e as demandas se modificaram, sendo necessário discutir os projetos que serão reencaminhados à Assembleia, na esperança, que a Casa do Legislativo disponha da devida urgência necessária que se pede na própria mensagem governamental”, disse.

Reforma previa economia de R$ 18 milhões

À época em que foram anunciados, no dia 3 de janeiro, durante entrevista coletiva à imprensa, os projetos previam a economia de algo em torno de R$18 milhões com a fusão e extinção de secretarias e a redução de cargos comissionados do primeiro escalão, entre outras medidas. “Estas medidas que anunciamos visam melhorar o funcionamento da máquina, que estava fatiada, por exemplo, serviços de áreas afins realizados por duas instituições. Com a reforma, vamos reduzir gastos e aumentar a eficiência da máquina estadual”, apontou Suely Campos durante o anúncio.

O recurso fruto da economia, ainda de acordo com a própria governadora, seria aplicado na construção de pontes e reformas de todos os prédios públicos estaduais. Com isso, também haveria a redução de gastos com o pagamento de alugueis de imóveis, que hoje abrigam órgãos do Governo. “Não tem como a máquina continuar com muitas secretarias num momento em que a gente tem tanta dificuldade financeira. Isso implicará em algumas demissões, senão não economizaremos nada”, argumentou a governadora à época.

A redução da máquina, além da extinção das secretarias, viria da fusão da Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (FEMARH) e do Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Roraima.

Por fim, também havia dois projetos tratando da redução de salários do primeiro escalão do Governo. O primeiro padronizando o que ganham os diretores de autarquias, fundações, empresas públicas e sociedade de economia mista da Administração Indireta; e o segundo, com a redução em 30% dos salários dos secretários de Estado e adjuntos.

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