Política

Governadora cobra solução sobre ameaça de corte de energia pela VE

Audiência com o ministro Moreira Franco será hoje, dia 11, às 15 horas, em Brasília

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Com a iminência de apagão elétrico e com a ameaça de suspensão do fornecimento de energia pela Venezuela, a governadora Suely Campos se reúne com o Ministério de Minas e Energia para cobrar uma posição sobre o pagamento do contrato e a retomada das obras do Linhão de Tucuruí. A audiência com o ministro Moreira Franco será hoje, dia 11, às 15 horas, em Brasília.

Há duas décadas, Roraima recebe energia elétrica gerada pelo complexo hidrelétrico de Guri, na Venezuela. Desde agosto, o Estado sofre ameaça de suspensão no fornecimento de energia elétrica pelo País vizinho por falta de pagamento pelo governo brasileiro e a população sofre com apagões diários. 

No mês passado, Suely Campos enviou ofício ao presidente Michel Temer, aos ministérios de Relações Exteriores e Minas e Energias, ao Banco Central, Eletrobras e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cobrando explicações sobre essa ameaça na suspensão do fornecimento de energia elétrica para o Estado, em virtude de débitos no pagamento pelo serviço ao governo venezuelano. Somente o Banco Central respondeu, informando que não tinha qualquer participação na resolução dessa questão.

“Como não houve resposta, vamos pessoalmente a Brasília tratar mais uma vez desse assunto que tem causado insegurança na nossa sociedade. A suspensão do fornecimento de energia pela Venezuela provocaria um caos social sem precedentes, principalmente na saúde, e não vamos permitir que isso aconteça. Queremos uma posição do Governo Federal sobre essa questão, para que nosso governo possa tomar as medidas necessárias”, afirmou. 

Desde 2015, quando assumiu o governo, Suely Campos vem se reunindo com representantes do Governo Federal para buscar uma solução para destravar a construção do Linhão de Tucuruí, uma obra que vai solucionar o abastecimento de energia para Roraima de forma definitiva e acabar com a dependência da Venezuela, além de integrar o Estado ao Sistema Interligado Nacional.

Para acelerar o processo, a governadora realizou uma audiência pública com os indígenas Waimiri-Atroari, que resistem à passagem do Linhão de Tucuruí por suas terras, para demonstrar a importância de se autorizar a obra e garantir a segurança energética de Roraima.

Para atender o sul do Estado, o governo revitalizou a Usina Hidrelétrica de Jatapu, com a instalação das quatro turbinas que atendem hoje 50 mil moradores dos municípios de Caroebe, São João da Baliza e São Luiz. 

Paralelo a isso, também está realizando estudos para a instalação de usinas eólicas a partir do próximo ano. Foram instaladas duas torres para medir a velocidade dos ventos no município de Bonfim. Os resultados preliminares apontam para a viabilidade técnica do empreendimento que já tem interesse de diversas empresas. 

CERR – Outra pauta que será tratada na reunião com Moreira Franco é o ressarcimento pelo patrimônio da Companhia Energética de Roraima (Cerr), que teve a concessão extinta pelo Governo Federal e desde o início de 2017 a Eletrobras utiliza servidores, usinas e redes elétricas para fornecer energia para os 14 municípios do interior.

O patrimônio da empresa foi avaliado em R$ 297 milhões, valor que ainda não foi pago pelo governo federal nem pela empresa que comprou a Eletrobras no leilão realizado na semana retrasada.

“O Estado vem arcando com as despesas em torno de R$ 4,8 milhões mensalmente com servidores e custeio da empresa, por isso reforçamos a necessidade de indenização imediata da Cerr”, enfatizou a governadora.

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