Política

Governadora anuncia medidas para prevenir violência policial

Sesau convocará psicólogos aprovados em concurso e a Corregedoria da PM terá mais autonomia para investigar denúncias

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A governadora Suely Campos (PP) anunciou que vai reforçar a assistência psicológica aos policiais militares e civis com a finalidade de evitar tragédias como a que ocorreu na manhã de segunda-feira, 09, com o assassinato de três pessoas em Boa Vista, decorrente de suposta violência doméstica.

Ela determinou à Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) que faça a convocação de psicólogos aprovados no último concurso público para reforçar o atendimento no Centro de Qualidade de Vida da Secretaria de Segurança Pública, que oferece assistência psicossocial aos policiais e bombeiros do Estado.

“Esse acompanhamento psicológico tem que ser rotina. Os policias vivem sob estresse permanente e precisam desse suporte para ter uma vida saudável, com bons relacionamentos. É urgente criar consciência pública de não tolerância à violência doméstica e acelerar respostas institucionais concretas em favor das mulheres. Por isso, criamos a Coordenação Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres e estamos trabalhando incansavelmente para reduzir as estatísticas”, disse.

Conforme a governadora, programas e ações de combate à violência contra a mulher e a rede de atendimento às mulheres também estão sendo fortalecidos para romper com o círculo que fere a cidadania e a dignidade delas. Também determinou ao comandante da Polícia Militar, coronel Dagoberto Gonçalves, que a Corregedoria da PM tenha mais autonomia, com equipe de oficiais atuando exclusivamente na apuração das denúncias, e que o órgão passe a funcionar em outro prédio, fora do quartel, para que as pessoas possam se sentir mais seguras e tranquilas na hora de fazer suas queixas contra eventuais excessos cometidos por policiais.

“Ainda esta semana, vamos substituir o responsável pela Corregedoria e iniciar os procedimentos para garantir essa autonomia com pelo menos dez oficiais trabalhando exclusivamente na apuração das denúncias”, disse o coronel Gonçalves.

Ele requisitou um relatório detalhado de todas as ocorrências de violência doméstica envolvendo policiais militares que tramitam na Corregedoria da PM, no Juizado Especializado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, na Delegacia de Defesa da Mulher e no Centro Humanitário de Apoio à Mulher (Chame) para encaminhamento desses policiais para o atendimento psicológico e psiquiátrico.

“Queremos saber onde esses policiais estão trabalhando e rever a questão do porte de armas para fazer um monitoramento mais de perto e evitar que episódios lamentáveis como este voltem a acontecer. Vamos atuar prestando assistência, encaminhando para tratamento e garantindo que eventuais medidas protetivas sejam efetivamente cumpridas”, frisou Gonçalves.

O comandante da PM disse que, seguindo a orientação da governadora, a partir de agora a Corregedoria vai analisar com mais critério os casos em que a vítima de violência doméstica pede a suspensão da investigação, para que eles sejam levados ao conhecimento do Juizado, considerando que muitas vezes a vítima toma essa medida por medo ou ameaça.

Dagoberto Gonçalves anunciou que vai implantar a Ouvidoria da Polícia Militar, que já está criada por lei, mas ainda não foi efetivada. “Será mais um instrumento à disposição do cidadão, que vai garantir celeridade na apuração das reclamações. O foco não é punir o policial, mas detectar desvios e utilizar todos os meios para evitar tragédias”, destacou.

O Gabinete de Gestão Integrada da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) vai convocar uma reunião de emergência para definir ações preventivas e repressivas contra a violência doméstica.

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