Política

‘Foi aquilo mesmo que quis dizer’, diz deputado após fala sobre vandalismo

Por outro lado, Jorge Everton disse que “não podemos aceitar que essa liberdade de manifestação seja substituída por agressão, destruição do patrimônio”

Após a repercussão dos comentários feitos nas redes sociais sobre o vandalismo em Brasília, o deputado estadual Jorge Everton (União Brasil) divulgou um vídeo na tarde desta segunda-feira (9) em que confirma o posicionamento. “Foi aquilo mesmo que eu quis dizer”.

Para Everton, “a classe política tem que ouvir sim os ecos sociais, tem que respeitar a democracia, a liberdade de expressão, a liberdade pacífica de manifestação”.

Por outro lado, disse que “não podemos aceitar que essa liberdade de manifestação seja substituída por agressão, destruição do patrimônio”, porque é motivo para perder “o nosso direito”.

“Como delegado de Polícia, como deputado estadual, não posso aceitar isso. Mas entendo que de forma pacífica e ordeira, sim o povo tem que manifestar o seu pensamento. Isso defendo e sempre defenderei”, finalizou.

No domingo (8), o grupo de extremistas bolsonaristas invadiu os prédios que representam as autoridades máximas dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário brasileiros, e destruíram o patrimônio público. A baderna foi generalizada e acabou na prisão de mais de 300 pessoas e ainda no afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha e na exoneração do secretário distrital de Segurança Pública, Anderson Torres, que é ex-ministro de Bolsonaro.

Na primeira postagem de Everton, uma seguidora o criticou sua atitude ao indagá-lo: “Democracia onde o povo não aceita a escolha da maioria, de que democracia?”. Ela mesma disse que o parlamentar foi eleito pelas mesmas urnas que elegeram Lula e recebeu a seguinte resposta do deputado, reeleito com 6.627 votos: “O que garante que não tive mais votos? Quando você faz uma compra gera um recibo… Por que você vota sem ter comprovante? As urnas têm que ser auditadas sim… Quem não deve não teme!”.

Nos comentários, o recado do deputado aos eleitores decepcionados com seu pensamento foi: “Decepção é aceitar silenciosamente o STF interferir no processo eleitoral sem que ninguém fale nada”.