Política

Ex-candidata a suplente chegou ao DF às 16h35 do dia das manifestações

Segundo bilhete que a reportagem da FolhaBV teve acesso, ela embarcou em Boa Vista às 11h15 da manhã, em voo da empresa Latam, com destino a Brasília, onde chegou às 16h35

A ex-candidata a suplente e empresária Regina Aparecida Silva, de 54 anos, que está detida em Brasília desde o dia 08 janeiro, não estava em Brasília no horário em que os prédios públicos foram invadidos.

Segundo bilhete que a reportagem da FolhaBV teve acesso, ela embarcou em Boa Vista às 11h15 da manhã, em voo da empresa Latam, com destino a Brasília, onde chegou às 16h35, e de lá seguiria de ônibus até a casa dos pais, localizada no interior de Goiás.

“Todos os anos ela visita os pais no interior de Goiás, geralmente isso acontece no final do ano, só que desta vez foi diferente, ela deixou para ir em janeiro, pois em dezembro o neto completou um ano de vida. Ela estava no lugar errado e na hora errada”, disse um familiar em entrevista à FolhaBV.

Por conta de um atraso no voo, Regina não teria embarcado no ônibus para o interior onde vivem os pais que já são idosos, e ao saber das movimentações em Brasília dirigiu-se até o Quartel General do Exército onde pessoas estavam acampadas, para saber o que teria acontecido.

Já no local, ela teria sido confundida com manifestantes e foi detida e levada para a Penitenciária Colméia, onde manifestantes aguardam pelas decisões judiciais.

De acordo com os advogados Aline Batista, Leonardo de Resende e Camila Tavares, que fazem a defesa de Regina, ela passou por Audiência de Custódia no último sábado, 14.

“O parecer do Ministério Público Federal pediu pela liberação de Regina, e nós protocolamos no STF toda a documentação que comprova que ela não participou das manifestações, e aguardamos a decisão do juiz”, explicou a advogada Aline Batista.

Ainda de acordo com a advogada, Regina está abalada emocionalmente. “Estive com ela, e percebi que assim como outras pessoas ela está bem fisicamente, mas abalada, pois ali não são criminosos e não estão acostumados com esse tipo de situação”, pontuou.