Política

Esquerda quer acabar com privilégios

O pré-candidato ao PSOL, Fábio Almeida, disse que a frente de esquerda quer focar na reorganização do Estado

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Em aliança composta pelo PSOL, PCB e PSTU, os partidos de esquerda de Roraima anunciaram apoio a pré-candidatos ao Governo do Estado, além de representantes para o Senado Federal. A união das siglas prega o fim dos privilégios.

Durante entrevista ao programa Agenda da Semana, na Rádio Folha 1020 AM, domingo, 10, o pré-candidato Fábio Almeida (PSOL) informou que a aliança entre os partidos supera o processo de visão política e partidária.

“Nós estamos numa aliança com três partidos e segmentos sociais e sindicais, que possuem peso igual aos partidos na definição dos processos. Outras instituições estão se aproximando e já temos um programa de governo rascunhado para apresentar à sociedade”, informou Almeida.

Segundo o pré-candidato, a construção da Frente de Lutas não visa somente às eleições de 2018, mas um processo de reorganização do Estado, de alguns serviços públicos que a seu ver estão abandonados e à valorização da vida humana.

“Nós como sociedade temos que nos apropriar desse espaço político. Muitas vezes a sociedade coloca como se a democracia se exercesse no dia do voto. A democracia perpassa esse processo. A sociedade tem que debater”, ressalta Fábio.

Uma das pautas da Frente, segundo Almeida, é acabar com os privilégios nas corporações públicas e privadas que inibem o funcionamento do Estado. “É impossível ter a gestão e investimentos públicos adequados em Roraima, quando 25% do orçamento é destinado à instituições que não têm finalidade direta com o processo produtivo”, afirma.

Cita entre elas, a Assembleia Legislativa de Roraima, o Tribunal de Contas do Estado. “É ridículo ver um orçamento do Estado onde o TCE tem três vezes mais recursos que a Agência de Fomento, que tem como papel fomentar a economia, priorizando a agricultura familiar”, declara.

SEGURANÇA – Com relação aos altos índices de violência, o pré-candidato afirma que vai propor ao comando único das forças de segurança, a implantação da polícia comunitária e a efetiva participação da sociedade.

“Nós compreendemos que segurança pública não se dá apenas pela política de repressão e encarceramento. Não temos políticas públicas para os jovens”, informou. Fábio Almeida sugere como medida para auxiliar na solução do problema, a abertura das escolas em outros períodos, durante o final de semana e o horário noturno, ofertando atividades de lazer e cultura.

“Qual o motivo de construir um centro para o jovem aprender sobre música se posso oferecer esse curso na escola onde estuda?”, questionou. Além disso, o membro do PSOL completou que o grupo é contra a militarização nas escolas.

“As unidades de ensino precisam ser recuperadas. O problema da violência na escola está fora. Se temos venda de drogas, é porque fora da escola não se consegue resolver. Não é a política do medo que está sendo estabelecida que vai solucionar a violência no Estado”, finalizou Fábio. (P.C.)

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