Ao todo, 501 profissionais de imprensa do Brasil e do exterior foram credenciados para a cobertura que começa nesta terça-feira (2/9) e pode se estender até a sexta-feira da próxima semana (12/9).
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (2) o julgamento que pode levar à condenação ou absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sete aliados. Eles respondem a acusações ligadas à tentativa de reversão do resultado das eleições de 2022 e aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Como será o julgamento
A sessão será aberta às 9h pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin. Em seguida, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, fará a leitura de seu relatório, que reúne um resumo das investigações e das alegações finais apresentadas pelas partes.
Na sequência, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá até duas horas para apresentar a acusação e defender a condenação dos réus. Depois, os advogados terão até uma hora cada para sustentar suas defesas.
O julgamento deve ser interrompido às 12h para o almoço, com retomada às 14h. Além de Zanin e Moraes, também integram a Primeira Turma os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux.
Crimes em análise
Os réus respondem pelos crimes de:
organização criminosa armada;
tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado;
dano qualificado pela violência e grave ameaça;
deterioração de patrimônio tombado.
A exceção é o caso do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Parte das acusações contra ele foi suspensa em razão da imunidade parlamentar prevista na Constituição. Assim, Ramagem não responde pelos crimes de dano qualificado e deterioração de patrimônio, ambos ligados aos ataques de 8 de janeiro, mas continua sendo réu por golpe de Estado, organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
O que está em jogo
O julgamento é considerado decisivo para definir a responsabilidade de Bolsonaro e de seus principais aliados na tentativa de subverter o resultado eleitoral de 2022. O processo também deve balizar futuras ações contra envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes.