
Os deputados estaduais aprovaram, nesta terça-feira (21), a prorrogação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Terras por mais 120 dias. Com isso, a investigação de denúncias de grilagem de terras deve seguir até 20 de fevereiro.
Desde fevereiro deste ano, a CPI realizou várias audiências públicas e oitivas, como a de abertura em Rorainópolis, em que moradores relataram graves denúncias, inclusive com suposto envolvimento de autoridades.
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O avanço nas investigações colocou o Governo de Roraima sob pressão e a exonerar a então presidente do Iteraima (Instituto de Terras e Colonização de Roraima), Dilma Costa. Ela foi sucedida pelo ex-deputado Ionilson Sampaio.
Os parlamentares da CPI divulgaram o primeiro relatório preliminar em abril, com a identificação de casos suspeitos envolvendo grandes produtores rurais e recomendações ao novo presidente do Iteraima.
Em maio, o instituto assinou com o Tribunal de Justiça (TJRR) um acordo de cooperação técnica para possibilitar a instrução judicial processual de casos fundiários.
Já em setembro, a CPI publicou um relatório em que recomendou o indiciamento de 16 pessoas, incluindo Dilma Costa e o produtor rural Ermilo Paludo, por suspeita de fraudes no caso do Sítio Uberabinha 2 e da Gleba Ereu. Na mesma semana, a ex-presidente do Iteraima e o fazendeiro foram denunciados pelo Ministério Público de Contas (MPC-RR).