Política

Deputados cobram concurso para Corpo de Bombeiros diante de falta de efetivo

Parlamentares alertam que a corporação tem apenas 43 soldados para atender os 15 municípios de Roraima

O tema chamou a atenção de outros parlamentares que acompanhavam o discurso de Marcos Jorge no plenário Noêmia Bastos Amazonas. Foto: Jader Souza/ALE-RR
O tema chamou a atenção de outros parlamentares que acompanhavam o discurso de Marcos Jorge no plenário Noêmia Bastos Amazonas. Foto: Jader Souza/ALE-RR

O déficit de militares no Corpo de Bombeiros de Roraima foi tema de críticas e cobranças durante a sessão desta quarta-feira (1º) na Assembleia Legislativa. O deputado Marcos Jorge (Republicanos) destacou que o último concurso público ocorreu há 12 anos, período em que a população do estado cresceu 52%, passando de pouco mais de 483 mil habitantes para cerca de 750 mil.

“Temos um trabalho muito forte do Governo do Estado na área da segurança pública, como o fortalecimento da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Polícia Penal. Mas estamos com um déficit muito grande no Corpo de Bombeiros. O último concurso foi em 2013. Hoje, temos quase 750 mil habitantes, um crescimento de 52%”, afirmou.

De acordo com dados apresentados pelo parlamentar, o CBMRR conta atualmente com apenas 43 soldados, número considerado insuficiente para atender as demandas nos 15 municípios. Somente nos últimos 12 meses, foram registradas quase 5 mil ocorrências de incêndio, além de resgates em enchentes, supervisões de empreendimentos e eventos, e atendimentos a acidentes em terra e água.

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Jorge ainda reforçou que o Estado tem margem legal para realizar concurso público. “Ontem a Secretaria Nacional do Tesouro divulgou o teto de gasto de 45,49%, o que libera o Estado para realização do concurso. Eu sei que o governador tem consciência da importância e se comprometeu”, disse.

A fala repercutiu entre outros parlamentares. O deputado Rárison Barbosa (PMB), presidente da Comissão de Defesa Social, Segurança Pública e Sistema Prisional, criticou a limitação de cobertura da corporação.

“São só três municípios atendidos por conta da falta de efetivo. Precisamos urgente de concurso. Está humanamente impossível atender às diversas demandas em nosso estado”, afirmou, ao lembrar que já encaminhou três indicações ao Executivo sobre o tema.

O deputado Coronel Chagas (PRTB) também reforçou a necessidade de investimentos. “Precisamos colocar mais unidades no interior. Em Bonfim, por exemplo, a prefeitura já doou terreno para construção da sede, mas não terá efetivo para trabalhar. As escalas estão sobrecarregando nossos bombeiros. Já passou do tempo”, frisou, sugerindo que mais recursos sejam previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026.

No mesmo sentido, o deputado Gabriel Picanço (Republicanos) manifestou preocupação com a ausência de bombeiros militares no Sul do estado, principalmente em municípios distantes como Caroebe e São João da Baliza.

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